Alerta

Kremlin: sanções dos EUA contra petróleo desestabilizará mercados

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Washington está tentando prejudicar as empresas russas. Ele disse que a Rússia vai monitorar a situação

Fonte: Evgenia Novozhenina - Reuters
Fonte: Evgenia Novozhenina - Reuters

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (13) que a última rodada de sanções dos EUA contra o setor de energia russo corre o risco de desestabilizar mercados globais de petróleo e energia, e Moscou fara todo o possível para minimizar o impacto.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Washington está tentando prejudicar as empresas russas. Ele disse que a Rússia vai monitorar a situação e prestará suporte as empresas para se adaptarem, as informações foram apuradas pelo portal InfoMoney.

O Departamento do Tesouro dos EUA impôs penalidades mais amplas ao petróleo russo na sexta-feira (10), tendo como alvo as produtoras Gazprom Neft e Surgutneftegaz, bem como 183 embarcações que transportaram petróleo russo.

A medida teve como objetivo reduzir as receitas da Rússia para financiar a guerra com a Ucrânia. Uma autoridade dos EUA disse que as sanções podem custar à Rússia bilhões de dólares por mês se forem suficientemente aplicadas.

Petróleo dispara por preocupação com mais sanções à Rússia

Atingindo seu nível mais alto desde outubro do ano passado, os preços internacionais do petróleo subiram mais de 4% nesta sexta-feira (10), pois os investidores se concentraram nas possíveis interrupções no fornecimento decorrentes de mais sanções à Rússia.

O petróleo Brent, índice de referência global, chegou a subir 4,6%, mas arrefeceu e por volta das 15h (horário de Brasília) avançava 3,28%, a US$ 79,45 por barril. Enquanto isso, a referência dos EUA, petróleo WTI, chegou a 4,8%, mas perdeu força e agora sobe cerca de 3,07%, a US$ 79,38.

Algumas sanções mais severas ao setor de petróleo russo devem ser impostas pelos EUA até o momento, designando 180 embarcações, dezenas de comerciantes, duas grandes empresas petrolíferas e alguns dos principais executivos russos do setor, segundo apuração da “Reuters”.

O documento, supostamente do Tesouro dos EUA, estava circulando entre os comerciantes da Europa e da Ásia. A veracidade não pôde ser verificada pelo veículo jornalístico. 

As expectativas de que o governo do presidente Joe Biden reforce as sanções contra a Rússia e o Irã, em um momento em que os estoques de petróleo permanecem baixos, cresceram enquanto se aproxima a posse do presidente eleito, Donald Trump, em 20 de janeiro.