O médico Claudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no hospital DF Star, em Brasília, confirmou nesta quarta-feira (17) que exames identificaram duas lesões compatíveis com câncer de pele. Bolsonaro teve alta hospitalar por volta das 13h40, após apresentar crises de soluço, vômito e pressão baixa.
No último domingo (14), o ex-presidente passou por um procedimento médico para remover oito lesões de pele. Entretanto, um laudo feito com o material biológico indicou a “presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’, em duas das oito lesões removidas”, diz o diagnóstico médico divulgado nesta tarde.
“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de célular escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas ainda assim, é um câncer de pele”, disse Claudio Birolini.
Segundo o médico, as lesões – localizadas no tórax e em um dos braços do presidente – são “precoces” e “demandam apenas avaliação periódica”.
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar e foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, ainda deve apresentar o laudo médico ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Leia a íntegra do boletim médico de Bolsonaro
“O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star na tarde do dia 16 de setembro, devido a quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope. Apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa.
O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’, em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico”.