Política

Líder dos caminhoneiros diz que paralisação é “antidemocrática”

Para Wallace Chorão, greve é uma “pauta da extrema direita” contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva

Caminhoneiros e manifestantes pró-Bolsonaro bloquearam mais de 271 trechos de rodovias pelo Brasil, desde a última segunda-feira (31). Para Wallace Landim, mais conhecido como “Chorão”, líder dos caminhoneiros, esta greve é um movimento “antidemocrático” de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas urnas. 

Em entrevista ao BP Money, Landim destacou que os manifestantes que estão bloqueando rodovias não representam a classe geral de caminhoneiros e defendem uma “pauta da extrema direita”. 

“É triste quando falamos ‘greve dos caminhoneiros’, porque o que acontece hoje é uma pauta antidemocrática e não econômica. É contra a democracia do País. É uma pauta que pede fechamento do STF, prisão do presidente eleito democraticamente, o Lula, então é uma pauta que não é dos caminhoneiros, estão apenas usando o nome dos caminhoneiros para generalizar. Existe uma parcela de caminhoneiros que apoia o presidente Bolsonaro, mas é uma pauta que é da extrema direita”, disse o líder da categoria. 

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Para Landim, a greve mostra a divisão política do País. “Ficou claro nas urnas. Essa metade do Brasil onde se encontram os maiores focos de concentração de paralisação é onde o presidente foi mais votado, então tem uma parcela do pessoal da extrema direita usando o nome dos caminhoneiros”, disse Landim. 

Chorão, como é conhecido o líder dos caminhoneiros, afirmou também que tem uma “certa preocupação” com a divisão política do País. Segundo o líder dos caminhoneiros, o Brasil precisa de uma manifestação do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) – que não apareceu, oficialmente, desde sua derrota nas urnas para Lula. 

“Até o dia 31 de dezembro, Bolsonaro é o chefe da nação. Ele tem a responsabilidade de conversar com os apoiadores. Não é quieto que ele vai resolver as coisas. Quem vai ser afetado é a classe mais pobre desse país”, concluiu o líder dos caminhoneiros.