O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teceu críticas ao modo como o governo federal se articulou no Congresso no quesito pacote fiscal, mas assegurou que as medidas enviadas pelo Ministério da Fazenda serão aprovadas pela Casa “nesta semana ou na outra”.
No momento, segundo Lira, o governo não tem votos na Câmara “sequer” para aprovar a tramitação em regime de urgência do pacote fiscal. No entanto, a Casa está comprometida com a aprovação das matérias pela importância para a preservação do arcabouço fiscal.
Segundo ele, uma parte dos parlamentares da Câmara defende cortes mais duros do que os previstos pela equipe econômica, de acordo com o “Valor”.
Além disso, Lira afirmou, durante evento promovido pelo portal “Jota”, que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) com a liberação do pagamento das emendas parlamentares, mas impôs condições, “gerou intranquilidade” no Congresso.
Lira: Lula é forte candidato para 2026 e a direita só tem Bolsonaro
Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, afirmou nesta quarta-feira (04) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um “candidato fortíssimo” para se reeleger em 2026. Além disso, ele não vê ainda um nome para a direita que não seja o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A perspectiva sobre Bolsonaro vem apesar do político estar inelegível e das acusações de que ele teria planejado e armado um golpe de Estado contra o petista.
“Falando em 2026, nós temos um presidente sentado na cadeira, que todos sabemos da capacidade de articulação, e que se entregar o Brasil bem, é um candidato fortíssimo”, disse Lira, ao participar de evento do portal Jota, segundo o “Valor”.
“Eu penso que todo governo candidato à reeleição, se estiver bem, com economia circulando, é um forte candidato”, reforçou.
Lira acredita que o único adversário seria Bolsonaro. “Não vejo outro candidato que não seja ele, pode assumir a chapa e depois substituir, o presidente Lula já disputou uma eleição assim”, comentou.
Na avaliação do parlamentar, essa “é a foto do momento, não o filme”, e outros fatos podem alterar esse cenário até a data da eleição.
No caso de Bolsonaro, pesa sobre sua possível candidatura em 2026, além do fato de estar inelegível, um indiciamento, junto com outras 36 pessoas, pela PF (Polícia Federal) sob a acusação de tramar um golpe de Estado contra a eleição e posse de Lula.