Nova gestão

Lula afirma que irá respeitar autonomia do BC e fala sobre novas medidas

Lula reforçou que seu governo jamais realizará “qualquer interferência na gestão do Banco Central”

Foto: Reprodução/ instagram
Foto: Reprodução/ instagram

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (20) que Gabriel Galípolo será o presidente “mais importante que o Banco Central” já teve. Segundo o petista, isso se dá porque Galípolo terá a “verdadeira autonomia”.

A afirmação de Lula foi feita em um vídeo publicado em seu perfil na rede social Instagram. “Seguimos mais convictos que nunca de que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger os salários e o poder de compra das famílias brasileiras”, afirmou o presidente.

O vídeo foi uma forma de o presidente dar as “boas-vindas” publicamente a Galípolo, que atualmente é diretor de Política Monetária do BC, para assumir a liderança da autarquia. O início de seu mandato está previsto para janeiro de 2025.

Lula afirmou a Galípolo: “Você será o presidente mais importante que o Banco Central já teve porque vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve. Pela sua qualidade profissional, pela tua experiência de vida e pelo seu compromisso com o povo brasileiro, certamente você vai dar uma lição de como se governa o Banco Central com a verdadeira autonomia”.

O presidente Lula também destacou que as medidas para proteger as novas regras fiscais já estão sendo tomadas e que, se for necessário, outras surgirão. “O Brasil é guiado por instituições fortes e independentes que trabalham em harmonia para avançar com responsabilidade”, disse.

Para finalizar, Lula reforçou que seu governo jamais realizará “qualquer interferência na gestão do Banco Central”.

Haddad diz que Lula nunca pressionou um presidente do BC a baixar juros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (20) que nunca houve pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um presidente do BC (Banco Central) para baixar a Selic (taxa básica de juros).

O mandato do atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, chegará ao fim em 31 de dezembro e a gestão foi marcada  por duras críticas vindas de Lula. O mandatário chegou a afirmar, em junho deste ano, que Campos Neto era um “adversário político e ideológico”.

“Uma coisa é comentário de ministro, líder partidário, deputado, senador, do vice-presidente, do presidente sobre o nível da taxa de juros. A outra coisa muito diferente é pressão. Pressão é quando você desrespeita a institucionalidade. Isso nunca aconteceu”, disse Haddad, segundo a “CNN”.