O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com diversos empresários renomados de São Paulo na última terça-feira (5).
O encontro aconteceu no Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e marcou o almoço de Lula agendado pela coordenação de sua pré-campanha, de acordo com apuração do “Valor”.
Na ocasião, o restaurante localizado na Avenida Paulista foi reservado para o encontro, e contou com a presença de grande parte da elite empresarial da cidade.
De acordo com a reportagem, os participantes Luiza Trajano (Magazine Luiza – MGLU3), João Moreira Salles (Itaú Unibanco – ITUB4), Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco – BBDC4), Fabio Coelho (Google – GOGL34), Dan Iochpe (Iochpe Maxxion), Carlos Alberto Sicupira (3G Capital) e Jacyr Costa (Tereos).
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes, e Rafael Cervone, responsável pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) também participaram do encontro.
A agenda de Lula tem aumentado nos últimos dias, com foco principalmente nas reuniões com empresários de São Paulo.
Dentro dos encontros, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), Fernando Haddad, pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, e Aloysio Mercadante são figuras que costumam acompanhar Lula. Foi o caso do almoço realizado na última terça (5).
Apesar de alguns componentes do plano atual do PT (Partido dos Trabalhadores), como a revogação do teto de gastos e uma nova legislação trabalhista, o petista adotou uma postura mais maleável e moderada para lidar com os representantes do setor privado no período pré-eleitoral.
Possível reeleição em 2026 não está nos planos de Lula
Em declaração à rádio “Metrópoles” de Salvador na última sexta-feira (1), o ex-presidente disse que não tentará a reeleição em 2026 caso vença a corrida presidencial este ano, e que a prioridade de seu governo será recuperar o País e combater a fome.
O petista também reforçou algumas críticas ao Congresso Nacional. De acordo com ele, a instituição “se apoderou” do orçamento da União.
Além disso, uma das promessas na entrevista foi a de revogar os sigilos de 100 anos instaurados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que impede a investigação de diversos casos com potenciais indícios criminosos no governo.
Durante a conversa, foi questionado também se o ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) possui alguma intenção de suceder o petista no término do mandato, entretanto, como vem fazendo em outras declarações, Alckmin preferiu não falar sobre o assunto.
Por sua vez, sem citar o nome do ex-governador de São Paulo, Lula afirmou que terão novos nomes nos próximos quatro anos.