O presidente do Conselho de Administração do BTG (BPAC11), André Esteves, esteve com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta quinta-feira (1º) em Brasília. Ao futuro chefe de Estado, o executivo afirmou não se opor a escolha de Fernando Haddad (PT) para o Ministério da Fazenda. As informações são do “Valor”.
Além disso, Esteves também reforcou a Lula que irá dirimir as resistências ao nome de Haddad em seu meio. De acordo com à publicação, o executivo não confirmou o teor da conversa, que não teve a presença do ex-prefeito de São Paulo.
Os dois estiveram juntos na semana passada quando Haddad participou de um almoço na Febraban representando Lula. Foi apenas mais uma das inúmeras demonstrações de Lula de que seu escolhido será Haddad, que o acompanhou à COP-27 e a Portugal e desembarcou nesta semana em Brasília para participar do grupo de transição da economia.
Como o mercado enxerga Haddad no Ministério da Fazenda?
O mercado vive, nesta semana, a expectativa do anúncio de Fernando Haddad ao cargo de ministro da Fazenda pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terá início em 1º de janeiro de 2023. Para especialistas, o nome “político” para o cargo já era esperado no lugar de alguém mais técnico. Dessa forma, a definição que realmente deve importar mais para os investidores está ligada aos outros nomes da equipe econômica.
Para Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, o mercado já reagiu mal às especulações de Haddad na Fazenda. Por isso, esta nomeação já deve estar precificada pela maior parte dos investidores.
“Quando a gente fala de secretarias, tem várias que são importantes dentro da Fazenda e que a gente espera que tenha pessoas técnicas. Se tiver pessoas técnicas, acredito que o mercado pode ficar um pouco mais otimista, porque nesse caso teríamos um balanço entre os anseios políticos, para querer gastar mais, e pessoas técnicas que entendem que a situação é delicada e o melhor remédio, agora, deve ser o equilíbrio fiscal”, explicou Komura.
Komura reiterou que caso Haddad seja o ministro da Fazenda e as secretarias sejam ocupadas por nomes políticos, ou pessoas que são técnicas mas que podem ceder aos anseios políticos, o mercado pode dar uma resposta ruim, já que as perspectivas econômicas, como de dívidas, por exemplo, passariam a ser de “altas descontroladas”.