Política

Lula: Brasil vive crise de arrecadação “engraçada”

“É uma crise engraçada, a economia está crescendo, mas a arrecadação está caindo”, disse Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (8) que o Brasil vive uma crise de arrecadação “engraçada”. Segundo Lula, apesar da economia brasileira estar em expansão, a arrecadação federal tem recuado.

“É uma crise engraçada, a economia está crescendo, mas a arrecadação está caindo”, disse o petista em discurso feito na cerimônia de assinatura da ordem de serviço da duplicação da BR-423, no Palácio do Planalto.

Além de Lula, outros membros do governo demonstraram preocupação com a queda da arrecadação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou na segunda-feira (6) que, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3% ao fim do ano, a arrecadação não deve aumentar “nem 1%”.

Tal situação gera um grande impasse sobre o compromisso de cumprir a meta fiscal de zerar o déficit público no final de 2024. Em outubro, Lula afirmou que “dificilmente” a meta seria alcançada.

Lula diz que vai garantir estabilidade fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai “garantir” estabilidade fiscal. A fala aconteceu durante a abertura do Brasil Investment Forum, evento de atração de investimentos, na terça-feira (7).

“Vamos garantir estabilidade política, vamos garantir estabilidade social, vamos garantir estabilidade jurídica, vamos garantir estabilidade fiscal. E queremos garantir a possibilidade de vocês colocarem a inteligência empresarial para que o país cresça cada vez mais”, afirmou o presidente.

Lula ainda cobrou empresários para ampliar o comércio exterior do Brasil para US$ 1 trilhão por ano. Hoje o número está em cerca de US$ 600 bilhões, o que considera importações e exportações.

“Ao invés de US$ 600 e pouco bilhões de comércio exterior, porque a gente não estabelece uma meta de chegar a US$ 1 trilhão de dólares de comércio exterior e vamos buscar isso?”, questionou.

A fala ocorreu depois de Lula afirmar, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, que “dificilmente” o país alcançará em 2024 o déficit zero das contas do governo federal. A afirmação do presidente refletiu na bolsa e no câmbio. Nos dias seguintes, o Ibovespa fechou em queda e o dólar se fortaleceu frente ao real.

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