Após bolsonaristas invadirem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal no Distrito Federal (DF) até 31 de janeiro.
O texto aponta que o objetivo da intervenção é “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”.
Ricardo Garcia Capelli foi nomeado, segundo o decreto publicado, como interventor da ação. “As atribuições do interventor são aquelas necessárias às ações de segurança pública”, informou o decreto assinado por Lula.
Neste domingo, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que contestam o resultado das urnas que deram vitória à Lula, invadiram e depredaram prédios dos três poderes. Os terroristas adentraram à força gabinetes, o Senado, o STF e outras salas.
Não é possível dimensionar o número de invasores, mas imagens que circulam nas redes apontam que milhares invadiram os três poderes na tarde deste domingo.
Desde o final de outubro, pós eleições, apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro contestam os resultados das urnas. Bolsonaristas fecharam rodovias e acamparam em frente a quartéis do Exército.
Lula deu coletiva para falar sobre decreto
Nesta tarde, Lula deu uma coletiva de imprensa para falar do decreto. O presidente está em Araraquara, no interior de São Paulo, para onde viajou no início da manhã para ver efeitos das intensas chuvas na cidade.
O presidente afirmou que os terroristas envolvidos no ataque à democracia neste domingo devem ter “punição exemplar”.
“Se houve omissão de alguém do governo federal que facilitou isso, também será punido”, disse Lula.