Política

Lula defende indústria forte e faz "aceno" para agronegócio

Presidente diz que indústria forte precisa de trabalhadores fortes e "ganhando salário justo e podendo ser consumidor daquilo que produz”

O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a indústria brasileira e a importância disso no país. “A gente quer que a indústria brasileira cresça, mas a gente quer que a exportação de commodities continue crescendo”, afirmou o chefe do executivo. Além disso, Lula ainda fez um “aceno” para a atividade do agronegócio, setor que o governo tem mais dificuldade de relações. 

As falas do presidente foram concedidas durante o evento do Dia da Indústria promovido pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na quinta-feira (25). Lula defendeu que o país tenha uma política industrial “ativa e altiva”, mas sem tirar a importância do agronegócio. As informações são da Reuters.

“Tem muita gente que fala em crescimento industrial e relega a um lugar muito secundário o agronegócio, a exportação de commodities”, afirmou.

“A gente quer que a indústria brasileira cresça, mas a gente quer que a exportação de commodities continue crescendo. O Brasil precisa ser exportador cada vez mais de grãos, cada vez mais de carne, cada vez mais das coisas que nós sabemos produzir. E isso não atrapalha a indústria”, acrescentou.

O presidente também incentivou o investimento por meio de instituições financeiras, dizendo que o BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os bancos estatais “precisam colocar dinheiro no mercado”, para atender os empresários menores.

Governo anuncia redução de até 10,8% no preço de veículos populares

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (25), a redução de impostos, que visa  reduzir o preço final dos carros populares em até 10,79%.

Nesse sentido, a medida valerá para veículos com valor final de até R$ 120 mil. No setor automotivo, as medidas podem fazer com que os carros populares novos voltem a custar menos de R$ 60 mil.

Hoje em dia, o preço inicial de um carro zero quilômetro gira em torno de R$ 68 mil. O que representa mais de 50 salários mínimos, que está em R$ 1.320. Vale destacar que este valor não considera medidas anunciadas nesta quinta (25). 

Atualmente, a venda direta acontece apenas para CNPJs. Desse modo, a modalidade é usada por locadoras e empresas de frete por não incluir custos de logística e o lucro das concessionárias.

Ainda segundo o vice-presidente, o desconto vai variar de 1,5% a 10,79%, com base em três fatores. Em primeiro lugar, Alckimin citou o o valor atual do veículo: quanto mais barato o carro, maior será o desconto tributário. O Outro fator é a emissão de poluentes: quanto mais limpo for o motor e o processo produtivo, maior o desconto. Por fim, destacou que depende da cadeia de produção, quanto maior o percentual de peças e acessórios produzidos no Brasil, maior o desconto.

Nesse sentido, as ações do governo foram anunciadas após reunião do presidente Lula, de Alckmin e de representantes da equipe econômica com entidades do setor automotivo no Palácio do Planalto.