Política

Lula: diplomação nesta segunda marca fim de processo eleitoral

No evento, ambos receberão um certificado atestando que as eleições foram legítimas

Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será diplomado nesta segunda-feira (12) em Brasília. Ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), seu vice, a cerimônia formaliza a escolha dos eleitos, marcando o fim do processo eleitoral. 

No evento, ambos receberão um certificado atestando que as eleições foram legítimas. Portanto eles estarão aptos a tomar posse no dia 1º de janeiro. A cerimônia de diplomação, que está prevista no Código Eleitoral, é sempre realizada após a Justiça Eleitoral apurar todos os votos.

Além disso, o tribunal analisa a prestação de contas dos partidos, para checar se estão dentro da legalidade. Também avaliam os recursos de questionamento do resultado das eleições. Depois de todas as etapas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirma o resultado do pleito e certifica os eleitos.

Diplomação de Lula será a 12ª presidencial realizada no País

Esta será a 12ª cerimônia de diplomação presidencial do País a ser realizada pelo TSE. Com os documentos recebidos das mãos do presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes, eles estarão habilitados a tomar posse no dia 1º de janeiro.

O diploma tem como fundo o brasão da República do Brasil e traz os seguintes dizeres: “Pela vontade do povo brasileiro expressa nas urnas em 30 de outubro de 2022, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República Federativa do Brasil. Em testemunho desse fato, a Justiça Eleitoral expediu o presente diploma, que o habilita à investidura no cargo perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de 2023, nos termos da Constituição”.

A diplomação tem previsão na Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral) e, nestas eleições, na Resolução nº 23.674/2021, que traz o Calendário Eleitoral de 2022, e na Resolução nº 23.669/2021, que dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral atual.

Diplomação de Lula gera preocupação

A preocupação com a segurança na posse de Lula vem crescendo. A diplomação do petista contará com esquema reforçado e deve ser um teste de fogo para a posse de 1º de janeiro. 

A futura primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, que coordena a cerimônia de posse, evitou revelar de onde Lula deverá sair com o carro oficial a caminho da rampa do Palácio do Planalto, quando comentou sobre os preparativos da posse. No entanto, ela adiantou que o desfile durante o trajeto deverá ser feito de carro aberto.

Em comparação com as posses anteriores, especialistas apontam maior preocupação com o plano em torno do evento, levando em consideração a tensão pós-eleição de um eleitorado dividido e eventuais protestos, provocações e ataques de extremistas de direita.

As declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), no último dia 9, também acenderam o sinal de alerta por conta do discurso ambíguo e inflamado, em que disse que “nada está perdido”, emendando que é a população quem decidirá seu futuro e o das Forças Armadas.

Segundo o “Correio Braziliense”, o temor é de que as falas sejam vistas como um aval para os apoiadores mais inflamados, que podem causar tumulto nos eventos relacionados à diplomação e à posse de Lula e de Alckmin.