Renegociação de dívidas

Lula diz que deveria receber 'prêmio' do governador de Minas

O presidente responde a críticas sobre vetos na renegociação que incluíram redução de contrapartidas e desobrigações aos estados no Propag

Lula
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que deveria receber um “prêmio” do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pelo projeto de lei de renegociação de dívidas. A declaração ocorreu em discurso de assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, nesta quarta-feira (22).

O presidente responde a críticas sobre vetos na renegociação que incluíram redução de contrapartidas e desobrigações aos estados no Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados). A legislação sancionada pode zerar juros sobre o pagamento de dívidas dos estados com a União.

“Para falar a palavra obrigado tem que ter grandeza, caráter e humildade. Esse acordo das dívidas de Minas Gerais, o governador deveria vir aqui me trazer um prêmio, um troféu de primeiro presidente da República que ele tem conhecimento, que nunca vetou absolutamente nada de nenhum governador, de nenhum prefeito por ser contra ou por ser oposição” afirmou Lula, na ocasião.

“O que nós fizemos para os estados que nao pagavam dívida, talvez só Jesus Cristo fizesse se concorresse à presidente da República”, acrescentou.

Zema não estava presente no evento, o que gerou críticas do ministro dos Transportes, Renan Filho. “Uma pena que o governador de Minas não esteja aqui. Vi o governador cobrando investimentos, mas não o vejo aqui neste momento. Parece que a cobrança é mais política e menos pela obra. Isso apequena o gestor público”, disse o ministro.

Lula diz que pode não ser candidato em 2026

As recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feitas em reunião ministerial na Granja do Torto, levantaram especulações sobre sua intenção de disputar a reeleição em 2026.

Em um tom reflexivo, Lula mencionou que sua decisão dependerá de fatores como sua saúde e eventos futuros que possam impactar sua trajetória política, as informações foram apuradas pelo Portal Investidor 10.

Durante a reunião, em um momento não transmitido à imprensa, Lula relembrou dois episódios recentes que influenciaram seu posicionamento: as cirurgias emergenciais realizadas após uma queda e um problema técnico enfrentado em seu avião no México.

O presidente reforçou a imprevisibilidade da vida ao afirmar: “Deus no comando”. Segundo relatos de ministros presentes, essas experiências o levaram a evitar compromissos definitivos em relação ao futuro político.

Apesar disso, Lula destacou a importância de eleger um governo alinhado com a defesa da democracia, mencionando que o Brasil não deve retornar ao “neofascismo, neonazismo e autoritarismo”.