Política

Lula diz que governo não obrigará aplicativos a assinar carteira

"Essa gente tem que ser tratada com respeito", disse o presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (25), que não pretende forçar as plataformas de transporte por aplicativos a assinar a carteira profissional de pessoas que trabalham por meio delas.

“Queremos tentar criar a ideia de que é possível a gente criar, nesse mundo digitalizado, em que a maioria dos trabalhadores não conhece nem o seu patrão, o emprego decente, para que as pessoas possam se tratar de forma adequada”, disse o presidente da República.

“Essa gente tem que ser tratada com respeito. O que nós queremos é isso, não é que nós queremos obrigá-los a trabalhar com uma carteira assinada. Ele tem o direito de querer ser empreendedor individual, mas ele também tem o direito de ser tratado de forma decente”, disse Lula.

Brasil e EUA lançam parceria para promover trabalho digno

As declarações de Lula acontecem após o encontro dele com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na última quarta-feira (20), em Nova York. Na ocasião, os presidentes lançaram a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras. A iniciativa inédita entre os dois países tem como objetivo promover o trabalho digno.

Por meio da parceria, Lula unirá forças com o presidente Biden para defender uma agenda de justiça e sustentabilidade na economia global e para garantir que o crescimento econômico não deixe ninguém para trás.

“É a primeira vez em mais de 500 anos da história do Brasil em que você senta com o presidente da República americano, em igualdade de condições, para discutir um problema crônico, que é a questão da precarização do mundo do trabalho”, explicou o Lula. Segundo o líder brasileiro, a iniciativa vai apontar para a sociedade e para a juventude a oportunidade de alcançar um trabalho que permita viver dignamente.

Os dois países vão trabalhar em estreita colaboração com parceiros sindicais do Brasil e dos EUA, e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). E pretendem envolver outros países e parceiros globais na iniciativa, e assim fomentar um desenvolvimento inclusivo, sustentável e amplamente compartilhado com todos os trabalhadores e trabalhadoras.

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