Eleições EUA

Lula diz que Trump vai "tentar tirar proveito" do atentado

"Cabe aos democratas encontrar um jeito de não permitir que isso seja a razão pela qual Trump possa ter votos", disse o presidente

Lula
Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na terça-feira (16), que acredita que o ex-presidente dos EUA Donald Trump vai “tentar tirar proveito” do atentado que aconteceu no último sábado (13), durante um comício.

Ainda de acordo com Lula, episódio como este que aconteceu com Trump “comovem a sociedade”.

“Eu, sinceramente, acho que o Trump vai tentar tirar proveito disso. Aquela foto dele com o braço erguido, aquilo se fosse encomendado não saia melhor. Mas de qualquer forma ele vai explorar isso, e cabe aos democratas encontrar um jeito de não permitir que isso seja a razão pela qual ele possa ter votos”, disse Lula em entrevista à Record.

O presidente aproveitou para reforçar o seu repúdio ao atentado. “E não só com o presidente Trump, é a morte de um prefeito de uma cidadezinha do interior (…) É preciso que a gente volte a ter tolerância”, afirmou o petista.

Trump e apoiadores foram alvos de tiros durante um comício na cidade de Butler, Pensilvânia. O ex-presidente ficou atingido de raspão na orelha.

O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, matou uma pessoa e feriu outras duas. Ele também foi morto logo depois de disparar cerca de 8 tiros.

Um dia após o ocorrido, Lula já havia repudiado o ataque. Ele classificou o ocorrido como “inaceitável” e afirmou que “todos os defensores da democracia e do diálogo na política” deveriam repudiar.

Lula defende regulação “urgente” das big techs: “não pagam imposto”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (16), a regulação “urgente” das big techs – gigantes da tecnologia. Segundo Lula, o governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei em caráter de urgência ou uma medida provisória para tratar do tema.

“Eu sou a favor de que a gente tenha uma regulação. Uma regulação urgente porque essas empresas não pagam imposto no Brasil. Essas empresas ganham bilhões de publicidade, essas empresas têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro. Então, eu acho que nós temos que tomar uma decisão”, disse Lula à Record.

O presidente defendeu que o tema seja levado aos fóruns internacionais, como as Nações Unidas, o G20, os Brics e o G7, a fim de encontrar “uma saída coletiva”, pois “o mundo está em risco” com a disseminação desses conteúdos.

“As aberrações que nós assistimos com a questão climática no Rio Grande do Sul, a quantidade de mentiras, sem nenhum respeito, sem nenhum pudor, o sofrimento das pessoas. E eram milhares de visualizações. Ou seja, gente ganhando dinheiro com a desgraça dos outros. Então, eu sou favorável à regulação”, afirmou Lula.