O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados nesta segunda-feira (12) pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Na minha primeira diplomação em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder, para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário […] Eu quero pedir desculpas pela emoção, porque quem passou o que eu passei nesses últimos anos, estar aqui agora é a certeza de que Deus existe”, afirmou Lula, em discurso.
“Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu querido companheiro Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas durante toda a minha vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo as pessoas mais necessitadas”, completou Lula.
Em seu discurso, o petista afirma que a cerimônia de diplomação “é a celebração da verdadeira democracia”.
“Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada. (…) A democracia precisa ser semeada e cuidada com carinho por cada um para ter uma colheita generosa”, disse Lula.
Lula pode revogar a lei das estatais via MP, diz Eurásia
Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve derrubar a legislação das empresas estatais por meio de MP (medida provisória). De acordo com a “Eurásia”, é esperado que o petista edite uma MP em seus primeiros dias no cargo para mudar a legislação das empresas estatais promulgada pelo governo Michel Temer (MDB).
A lei estabelece parâmetros rígidos de governança para empresas públicas, o que foi alvo de muitas críticas do PT desde a sua criação. A medida provisória de Lula entraria em vigor imediatamente.
No entanto, o Congresso precisará aprová-la em 120 dias para evitar que a mesma expire. A revogação dessa legislação facilitaria significativamente as nomeações políticas para os conselhos das estatais.
Com isso, Lula poderia indicar prontamente o senador Jean Paul Prates como CEO da Petrobras (PETR3;PETR4) e nomear políticos para bancos públicos, segundo a publicação.