Política

Lula entrega ao Senado os nomes dos indicados para o BC

Os despachos foram publicados no Diário Oficial da União nesta terça-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou os nomes de Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino Santos como indicação para ocupar os cargos na diretoria de política monetária do BC (Banco Central) e na diretoria de fiscalização Respectamente.

Os nomes foram apresentados ao Senado, onde passarão por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e, se tiverem os nomes aprovados pelo colegiado e depois pelo plenário da Casa, cumprirão mandato até fevereiro de 2027, com direito a uma recondução.

Ailton de Aquino Santos

Aquino é o atual chefe do departamento de contabilidade, orçamento e execução financeira do BC e pode se tornar o primeiro homem negro da autoridade monetária. Ele é formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia e em Direito pela UDF Centro Universitário

Além disso, Aquino tem MBA em Contabilidade internacional pelo Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças e especialização em Engenharia Econômica de Negócios pelo Fundação Visconde de Cairu e no Banco Central, ele é servidor de carreira e foi auditor-chefe. Seu nome foi bem recebido internamente por funcionários da instituição.

Gabriel Galípolo

Galípolo é secretário executivo da Fazenda, considerado o cargo “número 2” da pasta. 

O atual braço direito de Haddad é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo e chamou atenção ao participar de um jantar com empresários na companhia de Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores. O evento, organizado pelo grupo Esfera Brasil, reuniu nomes de peso do empresariado e mercado financeiro, como André Esteves (BGT Pactual) e Abílio Diniz (Grupo Península).

Na ocasião, Galípolo já era visto como possível nome capaz de promover uma integração entre o então candidato à presidência do PT e o mercado. O perfil “fora da caixa” do economista também chama atenção de ortodoxos de forma geral. Nesse sentido, defende conceitos econômicos desenvolvimentistas, como o apoio do Estado na industrialização e a crítica ao teto de gastos.

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