Rede Nacional

Lula faz discurso de 7 de setembro e defende soberania nacional e PIX

Presidente destacou que Brasil não aceitará “ordens de quem quer que seja” e classificou PIX como público e gratuito

Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, neste sábado (6), um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV às vésperas do feriado de 7 de setembro. Em discurso de pouco mais de cinco minutos, Lula defendeu a soberania nacional, criticou políticos que “atacam o Brasil”, reforçou a defesa da democracia e assegurou que o PIX permanecerá público e gratuito.

Soberania nacional

Lula afirmou que o Brasil “não será novamente colônia de ninguém” e criticou tentativas de interferência estrangeira, em referência ao processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal).

“Mais de 200 anos se passaram e nós nos tornamos soberanos. Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, declarou.

O presidente ressaltou que o Brasil mantém relações “amigáveis com todos os países”, mas “não aceita ordens de quem quer que seja”.

Críticas a políticos

Durante o discurso, Lula disse ser “inadmissível” que alguns políticos brasileiros estimulem ataques ao país.

“Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará”, afirmou.

Defesa do PIX

O PIX, que vem sendo alvo de questionamentos e investigações por parte dos EUA, foi citado como símbolo de soberania.

“O PIX é do Brasil. É público, é gratuito e vai continuar assim”, destacou Lula, ao rechaçar qualquer possibilidade de privatização do sistema de pagamentos instantâneos.

Big Techs e regulação digital

Lula também mencionou o papel das redes digitais. Segundo ele, apesar de serem importantes para a oferta de informação, conhecimento e oportunidades, “não estão acima da lei”.

“As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres.”

Desenvolvimento e economia

O presidente associou a soberania nacional à defesa da democracia, ao combate à desigualdade e à proteção de conquistas sociais e trabalhistas. Citou ainda medidas econômicas e de combate à fome:

  • Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
  • Tributação sobre os super-ricos;
  • Menor índice de desemprego da história;
  • Redução do desmatamento na Amazônia pela metade;
  • Operação contra o crime organizado “sem olhar o tamanho da conta bancária dos criminosos”.

Ele também destacou que, desde o início de seu governo, foram abertos mais de 400 novos mercados para exportações brasileiras e reforçou que o país defende o livre comércio, a paz e o multilateralismo, mas sem abrir mão da soberania.

Defesa da Constituição

Lula afirmou que o Brasil deve zelar pela independência entre os Três Poderes e lembrou que o presidente não pode interferir nas decisões da Justiça.

Encerramento

No fim, Lula convocou a união em defesa da pátria e das cores da bandeira nacional:

“Este é o momento da união de todos em defesa do que pertence a todos: a nossa Pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país. A História nos coloca diante de um grande desafio e pergunta se somos capazes de enfrentá-lo. E nós dizemos: sim. Temos fé, experiência e coragem para seguir cuidando do nosso futuro e da esperança da nossa gente. Que Deus abençoe o Brasil. Um abraço, e feliz Dia da Independência.”