O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma ironia ao presidente dos EUA, Donald Trump, em um vídeo publicado nas redes sociais neste domingo (13).
Lula afirmou que pretende levar jabuticabas para o líder norte-americano, argumentando que quem consome a fruta não fica de “mau humor” nem sente necessidade de iniciar disputas tarifárias. Ele também aproveitou a ocasião para sinalizar uma postura diplomática nas relações entre os dois países.
“Eu vim chupar jabuticaba de manhã, porque duvido que alguém que chupe jabuticaba fique de mau humor. Vou levar jabuticaba pra você, Trump, e você vai perceber que o cara que come jabuticaba de manhã, num país que só ele dá, não precisa de briga tarifária, precisa de muita união e muita relação diplomática”, disse Lula em tom de ironia.
A postagem foi compartilhada nas redes sociais da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Na legenda, ela escreveu: “Duas coisas genuinamente brasileiras: jabuticaba e o presidente Lula!”, acompanhando a publicação com a hashtag #BrasilSoberano, que tem sido amplamente utilizada na comunicação oficial do governo.
Lula cancela pronunciamento em rede nacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de um pronunciamento em rede nacional para rebater a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% a produtos importados brasileiros.
O governo cogitou veicular um discurso em rede nacional na quinta-feira (10) ou na sexta-feira (11). Assessores do presidente, no entanto, avaliaram ser melhor aguardar as negociações até agosto, data prevista para as novas taxas entrarem em vigor.
Conforme adiantou o jornal CNN Brasil, o governo vai acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) para entender quais os melhores caminhos a serem seguidos nessas tratativas. Além disso, Lula tem reforçado que se necessário utilizará a Lei da Reciprocidade, sancionada em abril por Lula e que prevê contramedidas em casos de retaliações comerciais externas.
“Vou tentar brigar em todas as esferas para que não venha a taxação. Vou brigar na OMC, vou conversar com meus companheiros do Brics. Agora, se não tiver jeito no papo, nós vamos estabelecer a reciprocidade: taxou aqui, vamos taxar lá. Não tem outra coisa a fazer”, disse o presidente durante agenda nesta sexta-feira (11), no Espírito Santo.