Política

Lula reforça promessa de isenção de IR a salários de até R$ 5 mil

"Quem tem que pagar IR é quem é rico, quem vive de dividendo, quem sonega. Não é o povo trabalhador”, disse Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou nesta terça-feira (25) a promessa de isentar de Imposto de Renda (IR) trabalhadores com renda de até R$ 5 mil.

“Essas pessoas que precisam da figura do Estado. E é para esses que voltamos a governar. A classe média. A classe média baixa. Fazer ela ganhar um pouco mais. Diminuir o pagamento do Imposto de Renda dela, porque, até o final do meu mandato, quem ganha até R$ 5 mil, não vai pagar Imposto de Renda. Escute o que estou falando”, disse Lula em transmissão ao vivo do seu canal oficial no YouTube.

“Não é possível. O cara ganha R$ 5 mil, paga R$ 2 mil de aluguel, gasta R$ 2 mil com comida, e ainda vai pagar Imposto de Renda? Não. Quem tem que pagar Imposto de Renda é quem é rico, quem vive de dividendo, quem sonega. Não é o povo trabalhador”, acrescentou o petista.

Nas eleições de 2022, Lula havia prometido que haveria uma atualização da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física para isentar contribuintes que ganham até R$ 5 mil. Apesar do desejo do presidente, isso é tratado nos bastidores por aliados como missão quase impossível. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já chegou a classificar a medida como “desafiadora”.

Haddad diz que Fazenda estuda fim dos JCP

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou na última segunda-feira (24) que o governo estuda acabar com os JCP (juros sobre capital próprio) no ano que vem. Segundo o petista, a medida está inserida no objetivo do governo de tentar elevar a arrecadação para zerar o déficit das contas públicas em 2024, algo previsto no novo arcabouço fiscal.

“É uma das medidas que está sendo elaborada pela Fazenda”, revelou Haddad a jornalistas na porta do Palácio do Planalto, onde participou de uma reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).

Em abril deste ano, o “Estadão” havia informado que Haddad pediu à sua equipe alguns estudos sobre o JCP, mecanismo que as empresas utilizam para distribuir lucros a seus acionistas. “Tem empresas que não têm mais lucro e, portanto, não pagam imposto de renda. O que elas fizeram? Transformaram o lucro artificialmente em Juro sobre Capital Próprio”, disse Haddad na época.

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