O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), que não prevê novas medidas fiscais neste governo, mas que pode fazer ajustes, caso haja necessidade ao longo do ano.
“Não tem outra medida fiscal. Se apresentar ao longo do ano a necessidade, podemos discutir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal. Vamos pensar no desenvolvimento saudável do país”, afirmou o presidente.
Na terça-feira (28), o governo divulgou uma arrecadação federal de R$ 2,652 trilhões, valor recorde que representa uma alta real de 9,62% em relação a 2023, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (28). A alta foi motivada por medidas para reforçar o caixa, além de crescimento do PIB e aumento de preços.
Em sua fala, Lula também reforçou a autonomia da Petrobras (PETR4) na definição de preços e do BC (Banco Central) para decidir sobre a Selic.
As declarações contribuíram para a desaceleração do dólar, que foi de R$ 5,94 para R$ 5,88 nesta quinta-feira (30). O movimento também é influenciado pela desvalorização da moeda norte-americana em outros países.
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Comentários de Lula sobre a alta dos juros
Na coletiva, Lula também mencionou a alta na taxa básica de juros brasileira, de 1 ponto percentual, para 13,25%, pelo BC (Banco Central). De acordo com ele, “o presidente do BC não pode dar um cavalo de pau de um dia para outro” e a alta já era prevista pela instituição.
“Eu tenho certeza que ele irá entregar para o povo brasileiro uma taxa de juros menor. Tenho certeza que ele vai entregar uma inflação mais baixa”, comentou.
Ainda, o presidente reforçou a autonomia do BC. “Galípolo é meu amigo, mas o presidente do BC vai ter autonomia de verdade”, afirmou. “Quero que o Galípolo saiba que o povo espera uma taxa de juros menor para que o povo tenha mais emprego. Eu não esperava milagre”, acrescentou.
