A Embaixada do Brasil em Caracas recebeu, na terça-feira (8), um convite para a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para sexta-feira (10). Apesar do convite, a expectativa é que o Brasil seja representado pela embaixadora Glivânia Oliveira, e não pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A decisão final sobre a representação brasileira ainda será tomada, mas a presença de Glivânia era considerada certa até a semana passada. Fontes diplomáticas ouvidas pelo “Exame” indicam que o agravamento da crise política venezuelana tem levado o governo a analisar o caso com maior cautela.
Para integrantes do governo brasileiro, participar de eventos como este sinaliza que o Brasil não pretende romper os laços diplomáticos com a Venezuela, reafirmando a importância de relações entre Estados, independentemente de governos.
Um interlocutor ressaltou que o objetivo é manter uma relação institucional estável, levando em conta o impacto regional que uma possível ruptura poderia causar.
Lula recebe parecer para barrar ‘jabutis’ no texto de eólicas offshore
O presidente Lula deve vetar – após receber recomendações do ministério da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – as chamadas “jabutis” inseridas no projeto que regula a criação de infraestrutura para a geração de energia eólica offshore.
O termo “jabuti” refere-se a modificações que não têm relação com o tema original do projeto, aprovado pelo Congresso no final de 2024.
Entre essas alterações, há propostas que favorecem o uso de combustíveis fósseis, o que gerou a crítica dos ministérios.
É esperado que, nos próximos dias, o Ministério de Minas e Energia também apresente uma avaliação semelhante, reforçando a recomendação de veto.
Caso os vetos sejam confirmados por Lula, o Congresso terá a possibilidade de tentar derrubá-los em uma votação futura. A tendência é que o presidente mantenha a integridade do projeto, excluindo as modificações que não se alinham ao objetivo principal da proposta.