Política

Lula: "vai subir dólar e cair bolsa, paciência"

Presidente eleito voltou a questionar o teto de gastos e também defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, durante discurso na COP27

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, mais uma vez, o fim do teto de gastos, nesta quinta-feira (17). Dessa vez, a fala do petista foi durante um encontro com representantes da sociedade civil na Conferência COP27, no Egito. 

“Temos de fazer um país mais humano. Se não resolvermos a situação social, não vale a pena governar o país. Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência”, disse Lula. 

“O que é o teto de gastos? Se fosse para discutir que não vamos pagar a quantidade de juros do sistema financeiro que pagamos todo ano, mas mantivéssemos os benefícios, tudo bem. Mas não, tudo o que acontece é tirar dinheiro da educação, da cultura. Tentam desmontar tudo aquilo que é da área social”, acrescentou o vencedor da corrida presidencial de 2022.

O presidente eleito também aproveitou o momento para tratar sobre temas ligados a ONU. Lula defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, com a inclusão de mais países, como a África. Além disso, Lula citou a possibilidade de mudança no direito de veto.

“A ONU precisa mudar, não precisa ficar só com os países que ganharam a Segunda Guerra Mundial”, frisou. Para o presidente eleito, é preciso de uma ONU forte para “lidar com a questão do clima como precisamos”, afirmou.

Lula na COP27: “O Brasil está de volta”

Durante a tarde da última quarta-feira (16), Lula discursou no COP27 e afirmou que o País “está de volta”. “O Brasil está de volta para reatar laços com o mundo e combater a fome. Voltamos para ajudar a construir uma ordem mundial pacífica, propor uma nova governança global”, disse o presidente eleito.

Lula destacou que o agronegócio do Brasil será um aliado estratégico do governo em busca de uma agricultura regenerativa e sustentável, além de destacar a importância de proteger a Amazônia. “Não precisamos desmatar um metro de terra para continuarmos sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, disse o petista. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile