Uma eventual vitória de Kamala Harris, candidata do Partido Democrata, na eleição presidencial dos EUA, pode representar mais segurança e fortalecimento da democracia do país, defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta sexta-feira (1º). O pleito está marcado para acontecer no próximo dia 5 de novembro.
“Eu não posso dar palpite sobre as eleições de outros países porque seria uma ingerência indevida. Eu sou amante da democracia. A democracia, para mim, é o espelho fiel de um sistema político que permite os contrários, permite os antagônicos, a disputa civilizada entre a humanidade na discussão de ideias. Então, eu acho que a Kamala Harris ganhando as eleições é muito mais seguro de a gente fortalecer a democracia nos EUA. É muito mais seguro”, disse.
Lula comentou o tema em entrevista ao “TF1”, um canal francês de televisão, no Palácio do Planalto.
O presidente também afirmou que Donald Trump, adversário de Kamala, contribuiu para a invasão ao principal símbolo do poder político dos EUA, o Capitólio, que ocorreu em janeiro de 2021.
Lula disse que o fascismo e o nazismo “estão voltando a funcionar” em vários lugares do mundo.
“Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. E esse modelo ruiu”, comentou o presidente.
“Então, nós, agora, temos o ódio destilado todo santo dia. Como eu sou amante da democracia, eu obviamente fico torcendo para a Kamala [Harris] ganhar as eleições [americanas]. Em vários lugares do mundo, o fascismo e o nazismo estão voltando a funcionar com outra cara”, argumentou.
Fazenda espera aval de Lula para cortar até R$ 50 bi nas despesas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aguarda o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para decidir o tamanho do corte nas despesas do governo, bem como quais serão os alvos. A pasta prevê um pacote entre R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões.
Lula e Haddad tiveram uma reunião de duas horas na segunda-feira (28), no Palácio da Alvorada, a fim de discutir as medidas fiscais que serão tomadas. A ideia era que o pacote fosse apresentado ao Congresso após o segundo turno das eleições, portanto, esta semana é considerada chave para a tomada de decisão.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou na segunda-feira (28) que é hora de “ter coragem para cortar gastos ineficazes” e liberar espaço para novas prioridades, como investimentos essenciais.
Na ocasião, a ministra reforçou seu lema de que “não existe social sem fiscal” e afirmou que apenas o investimento público não pode cobrir todas as necessidades do país.
“Os números mostram que o que precisava dar certo, deu. Agora precisamos ter coragem de cortar o que é ineficiente”, destacou Tebet, de acordo com o “Valor”.