França

Macron diz que seu governo pode sobreviver a um voto de não confiança

O partido União Nacional, bem como uma aliança da esquerda, entraram na segunda-feira (2) com moções para realizar votos de censura

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que seu governo pode sobreviver a um voto de não confiança convocado ontem por uma série de partidos devido à discordância sobre o projeto de orçamento de 2025 apresentado pelo primeiro-ministro Michel Bernier. A informação é da agência AFP.

O partido União Nacional, liderado pela extrema-direita de Marine Le Pen, bem como uma aliança da esquerda, entraram na segunda-feira (2) com moções para realizar votos de censura contra o governo. Os partidos que apoiam Bernier não possuem números suficientes para conter um movimento conjunto dos dois grupos, ou seja, o governo pode cair na terça-feira (4).

As declarações de Macron ocorreram durante visita oficial à Arábia Saudita. O líder francês afirmou que irá destacar que o partido de Le Pen votará na moção proposta por partidos de esquerda, descrevendo a atitude como “cínica” por parte dos membros do partido.

O presidente declarou que não aceitará pedidos da oposição para que renuncie ao cargo, como apontou o Valor Econômico.

Macron se opõe ao acordo UE-Mercosul, após encontro com Lula

O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou sua oposição ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, negociado em 2019 e aguardando aprovação de todos os países envolvidos.

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Macron concedeu entrevistas com jornalistas e afirmou que o acordo entre os blocos estaria “mal remendado”.

De acordo com o portal g1, o presidente francês argumentou que os termos do acordo não consideram adequadamente a biodiversidade e as questões climáticas.

“E é justamente por isso que sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele [Lula] está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo […] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas”, disse.