O economista Marcio Pochmann foi nomeado para o cargo de presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (08), em portaria assinada pela Casa Civil da Presidência.
O economista irá assumir a vaga de Cimar Azeredo, que comandava o órgão de forma interina e conduziu a entrega dos primeiros resultados do Censo 2022, em junho.
Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1984), Pochmann também é pós-graduado em Ciências Políticas pela Associação de Ensino Superior do Distrito Federal e doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1993).
Além disso, Pochmann foi presidente da Fundação Perseu Abramo (instituição ligada ao PT) de 2012 a 2020, presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), entre 2007 e 2012, e secretário municipal de São Paulo de 2001 a 2004.
Nos bastidores, o nome de Pochmann gerava preocupação entre integrantes do Ministério do Planejamento e Orçamento, pasta comandada por Simone Tebet (MDB).
Pochmann: reações adversas são minimizadas por Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que está achando exageradas as reações à indicação do economista Márcio Pochmann para a presidência do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Sinceramente, eu penso que está um pouco exagerada a reação. É um professor universitário, em uma universidade pública, uma das melhores do País. Pode-se discordar da pessoa, não tem problema nenhum, mas dentro de uma democracia a gente convive com pessoas que pensam diferente no Congresso, na Câmara, no Judiciário e no Executivo também”, disse Haddad.
Segundo o ministro da Fazenda, o governo é amplo e conta com pessoas com pensamentos diversos. “Eu tenho certeza de que vai dar muito certo. O Marcio é uma pessoa muito educada e vai interagir muito bem com a ministra Simone Tebet. Eu não tenho a menor dúvida disso. É uma pessoa muito cordial e não vejo razão para esse tipo de posicionamento agressivo”, pontuou.
“Por que essa agressividade? Olha o governo Bolsonaro; era de arrepiar os cabelos e ninguém falava nada! É um professor da Unicamp. Está exagerado e isso não é bom para o Brasil”, acrescentou Haddad ao defender Pochmann.