Ex-ministro, Henrique Meirelles reforçou o apoio a Fernando Haddad (PT) no comando da equipe econômica. O ex-presidenciável afirmou que Haddad é um “bom nome” para o cargo já ocupado por ele e que o mesmo deve avaliar os nomes da equipe econômica a serem escolhidos, pois serão decisivos para conquistar a confiança dos investidores.
“Como não é economista, é importante que, assim como já foi feito no primeiro mandato de Lula, ele escolha secretários de bom nível, com conhecimento e experiência nas áreas específicas, e siga as sugestões desses secretários para fazer uma boa administração”, avaliou Meirelles durante encontro anual da Indústria Química (Enaiq).
“Ele [Haddad] fez uma gestão responsável do ponto de vista fiscal na prefeitura de São Paulo”, completou Meirelles.
Para Meirelles, esse arranjo já funcionou mais de uma vez, ao que chamou de “fórmula bem sucedida”, contanto que as escolhas sejam bem feitas e que “de fato” os secretários tenham autonomia.
A expectativa é de que Haddad anuncie no fim da tarde desta terça-feira (13) os primeiros nomes de sua equipe técnica.
Meirelles elogia Haddad no Twitter
O ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles já havia manifestado apoio ao petista após o anúncio feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sexta-feira (9).
Desejo todo sucesso ao novo ministro da Fazenda, @Haddad_Fernando, anunciado há pouco pelo presidente eleito @lulaoficial. O desafio do cargo é sempre grande, mas, em 2023, Haddad enfrentará uma situação especialmente difícil, diante dos riscos fiscais.
— Henrique Meirelles (@meirelles) December 9, 2022
“Desejo todo sucesso ao novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O desafio do cargo é sempre grande, mas, em 2023, Haddad enfrentará uma situação especialmente difícil, diante dos riscos fiscais”, postou Meirelles.
Apesar do desafio do cargo, o ex-presidente do BC durante os dois mandatos de Lula (2003-2010) e autor da emenda do teto dos gastos sugere a Haddad um caminho para equilibrar o rigor fiscal com a agenda social.
“A saída existe e reside no equilíbrio entre responsabilidade fiscal e social. Tenho plena confiança que, formando uma equipe experiente, o novo ministro terá as condições para cumprir a sua missão”, avaliou Meirelles.