Após as eleições de 2022, que elegeram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, militares fizeram monitoramento da residência oficial de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Os militares estão sendo investigados pela PF por suspeita de planejar um golpe de Estado.
A conclusão dos investigadores foi que os acusados queriam prender Moraes, porém, o plano foi cancelado de última hora, com o adiamento de uma sessão do STF.
“As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo Copa 2022 demonstram que os investigados estavam em campo, divididos em locais específicos para, possivelmente, executar ações com o objetivo de prender o ministro Alexandre de Moraes”, diz trecho do relatório da PF, segundo o “InfoMoney”.
A investigação apontou que a suposta operação golpista contra Moraes foi cancelada após a divulgação do adiamento da sessão do Supremo que julgou a questão do “orçamento secreto” do Congresso Nacional.
Um grupo de mensagens criado pelos acusados compartilhou a notícia sobre o adiamento da sessão, segundo o veículo de notícias.
Em seguida, a operação clandestina foi cancelada. “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda”, disse um dos investigados.
Ex-secretário de Bolsonaro é preso por suspeita de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
O ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro, Mario Fernandes, foi preso nesta terça-feira (19) em uma operação da Polícia Federal que investiga planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Fontes com conhecimento da apuração disseram à Reuters que o plano visava impedir a posse do governo eleito em 2022. Além de Fernandes, o policial federal Wladimir Matos Soares e quatro militares das forças especiais do Exército, conhecidos como kids pretos, também foram presos, disseram as fontes.
O plano de execução das autoridades foi encontrado com o ex-secretário de Bolsonaro, afirmou uma das fontes. De acordo com nota da PF, a organização criminosa utilizou elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.
“Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”, disse a PF em nota.
General da reserva Mario Fernandes ocupou a segunda posição na hierarquia da Secretaria-Geral da Presidência e, atualmente, é assessor do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.