Estados Unidos

Ministério da Justiça diz que recebeu ofício sobre atuação de Moraes

O secretário de Estado dos EUA anunciou que o país vai restringir vistos para “funcionários estrangeiros e pessoas cúmplices na censura”

Alexandre de Moraes, ministro do STF
Alexandre de Moraes, ministro do STF / Foto: Divulgação

O Ministério da Justiça informou que recebeu, no dia 27 de maio, um ofício do governo dos EUA sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a pasta, o documento foi encaminhado ao setor responsável pela análise.

De acordo com o jornal The New York Times, o Departamento de Justiça norte-americano enviou uma carta ao ministro após a decisão que determinou à rede social americana Rumble o bloqueio de perfis de um usuário. O veículo afirmou ter tido acesso ao conteúdo do documento.

A mensagem foi remetida a Moraes neste mês de maio. “O Departamento de Justiça disse ao ministro Moraes que ele poderia aplicar as leis no Brasil, mas que não poderia ordenar que empresas tomassem medidas específicas nos Estados Unidos”, escreveu o NYT, segundo o InfoMoney.

Processo contra Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes é alvo de um processo movido pelas empresas Trump Media & Technology Group — liderada pelo ex-presidente Donald Trump — e pela própria plataforma Rumble. As companhias acusam Moraes de violar a Primeira Emenda da Constituição americana, que trata da liberdade de expressão, ao determinar a remoção de contas de influenciadores de direita brasileiros.

Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que o país vai restringir vistos para “funcionários estrangeiros e pessoas cúmplices na censura de americanos”. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Rubio afirmou que “americanos foram multados, assediados e acusados por autoridades estrangeiras por exercerem seus direitos de liberdade de expressão” e que, portanto, essas pessoas “não deveriam ter o privilégio de viajar para o nosso país”.

EUA dizem que negociações com a China estão estagnadas

As negociações comerciais entre os EUA e a China estão atualmente “um pouco estagnadas”, conforme declarou o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, em entrevista à Fox News na quinta-feira (29). Ele sugeriu que uma intervenção direta dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping pode ser necessária para destravar o impasse.  

Em maio, os dois países acordaram uma trégua de 90 dias na guerra tarifária, reduzindo temporariamente as tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30%, enquanto Pequim baixou suas tarifas de 125% para 10%. Apesar desse avanço, as conversas para um acordo permanente não progrediram significativamente. 

Bessent enfatizou que, dada a complexidade das questões envolvidas, será necessário que ambos os líderes intervenham diretamente. Ele expressou confiança de que os chineses retornarão à mesa de negociações quando o presidente Trump apresentar suas preferências.