Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta quinta-feira (03) que as pessoas que estão realizando e planejando atos antidemocráticos por não aceitarem o resultado das eleições serão consideradas como criminosas.
“Compareceram, votaram em seus candidatos e aceitaram democraticamente o resultado das eleições. Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando atos antidemocráticos, serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”, afirmou Moraes.
“Não há como se contestar o resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos, que serão combatidos. Os responsáveis serão apurados e responsabilizados sob a pena da lei”, completou o presidente do TSE.
Desde domingo (30), quando as eleições presidenciais se encerraram, estradas têm sido bloqueadas em todo o País por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na noite de quarta-feira (02), Bolsonaro divulgou um vídeo pedindo que seus apoiadores liberassem as rodovias.
Alexandre de Moraes também garantiu nesta quinta-feira que Lula tomará posse no dia 1º de janeiro.“As eleições acabaram. O segundo turno acabou democraticamente no último domingo. O TSE proclamou o vencedor. O vencedor será diplomado até o dia 19 de dezembro e tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023.”
Bolsonaro pede que apoiadores liberem rodovias
O presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou um vídeo nas redes sociais, na quarta-feira (2), em que pede aos seus apoiadores para que liberem as rodovias. Desde a derrota nas urnas, no último domingo (30), bolsonaristas fizeram bloqueios ilegais em pontos de rodovias do País.
“Eu quero fazer um apelo a você, desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós, aqui, a nossa legitimidade”, disse Bolsonaro em vídeo.
“O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Eu tenho que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejudicar a nossa economia”, continuou Bolsonaro.