Diz jornal

Eventual saída de Múcio deve ocorrer apenas após reforma

A espera tem o objetivo de separar a saída do ministro das trocas que devem ocorrer no ministério

José Múcio, ministro da Defesa
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Uma eventual saída do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, por motivos pessoais, não deve fazer parte da reforma ministerial, apurou o “Valor”. A espera tem o objetivo de separar a saída do ministro das trocas que devem ocorrer no ministério após as eleições das Mesas Diretoras na Câmara dos Deputados e no Senado.

O objetivo dessas mudanças é melhorar a governabilidade e reforçar alianças eleitorais para 2026.

Segundo apuração do “Valor”, Múcio teria pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para sair do ministério entre abril e maio. Ainda, ele teria sugerido a Lula pessoas que poderiam entrar em seu lugar, entre elas o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha.

Outros nomes sugeridos teriam sido o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Márcio Elias Rosa; e uma embaixadora.

Alckmin pode assumir Defesa, com possível saída de Múcio

O vice-presidente Geraldo Alckmin é um dos cotados para assumir o Ministério da Defesa após uma possível saída de José Múcio Monteiro, que já teria informado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não pretende continuar no cargo. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo”.

O ministro e Lula devem se reunir para tratar do assunto nos próximos dias, segundo o jornal. Múcio teria pedido para deixar o cargo porque já “cumpriu sua missão” como ministro. A saída dele deve gerar um problema para Lula, já que Múcio tem uma boa relação com o alto comando das Forças Armadas.

A situação se torna mais complexa considerando-se o contexto de investigações sobre tentativa de golpe de Estado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que resultou na prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

Com a possível saída de Múcio, Alckmin seria o nome mais cotado para assumir a pasta, já que tem a confiança do presidente e boa relação com as Forças Armadas, de acordo com a “Folha de São Paulo”.

Nessas circunstâncias, o vice-presidente deixaria a função, também ocupada por ele, de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que pode passar a ser ocupada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Pacheco termina o mandato em fevereiro de 2025, mas nega que queira migrar para o primeiro escalão do governo.

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