Política

'Não haverá calote' a vulneráveis apesar de 'meteoro' de gastos adicionais, diz Guedes

O economista disse que o programa social já estava 'orçado', e que a pandemia interferiu em alguns aspectos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou sobre o novo Bolsa Família e impasses na regra do teto de gastos nesta terça-feira (03), na webinar realizada pelo Poder360 em parceria com o IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa). Ao lado do ministro Gilmar Mendes, também presente no evento, Guedes afirmou que “não haverá calote” e que os mais vulneráveis serão atendidos.

O economista disse que o programa social já estava “orçado”, mas que um “meteoro” de gastos adicionais decorrentes da Covid-19 interferiram em alguns aspectos. 

“Um ano atrás me chamou atenção o salto dos precatórios, pois seguíamos uma linha desde os R$ 13,9 bi em 2010; passando para R$ 15,4 bi em 2011; R$ 15,1 bi em 2012; e R$ 16 bi em 2013, ou seja, estavam todos em um patamar próximo. Nos aproximando do ano de 2019, quando entramos, a estimativa era em torno de R$ 40 bi, R$ 50 bi, mas de repente os precatórios deram um pulo para R$ 90 bi.” explica Guedes.

“Eu não sei se nós dormimos no ponto, porém é fato que faltou capacidade de autocontrole para todo mundo. Mesmo que eu tenha dito, no ano passado, que parecia estar havendo uma indústria de precatórios, não apaga a falha do governo em algo nessa trajetória, mas sinceramente não podíamos fazer nada,” salientou. “É o que eu chamei de meteoro: uma imprevisibilidade, uma salto magnânimo que surpreendeu a todos.”

Apesar de admitir que o governo pode ter dormido no ponto em 2020, o ministro destacou a agilidade para resolver o caso. “Reagimos rápido, em 10, 12 dias, após tomarmos ciência da situação.”

Por fim, Guedes falou que chegou a hora de “transformar a crise em oportunidade para alavancar o Estado”, afirmando ter uma “dimensão política otimista e confiante de que tanto o Congresso quanto o Supremo irão ajudar.”