O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “arrumou a casa”, mas a “população não consegue ver o governo em suas virtudes”. As declarações são do discurso da posse do ministro, que ocorreu nesta terça-feira (14) no Palácio do Planalto.
Sidônio liderou a comunicação da campanha de Lula nas eleições de 2022 e está substituindo Paulo Pimenta (PT), que vinha recebendo críticas internas no partido e no governo.
Confira trechos do discurso de Sidônio Palmeira
“Nunca esteve nos meus planos estar aqui, embora considere a política e a gestão pública as únicas vias de construção de uma sociedade mais justa. Não sou da política partidária, não tenho e nunca tive cargo público na política institucional”, afirmou o novo ministro, no discurso.
“Assumo esse desafio guiado pelo meu sentimento de justiça. Temos um presidente que recebeu um país destruído e desmoralizado para governar. Em apenas dois anos, o seu governo arrumou a casa, melhorou os indicadores econômicos e fez renascer ministérios e programas sociais importantes”, prosseguiu.
“Mas esse trabalho não está sendo percebido por parte da população. A informação dos serviços não chega na ponta. A população não consegue ver o governo em suas virtudes”, afirmou.
Sidônio também mencionou as notícias falsas contra o governo, disseminadas principalmente por opositores. “Esse movimento aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero”, disse o ministro.
Outro assunto abordado foram as mudanças na comunicação da atualidade. Segundo Sidônio, “não basta apenas chamar o marqueteiro”, mas é preciso “ampliar a percepção sobre o papel da comunicação neste novo mundo”. “A comunicação está no centro dos desafios mundiais”, afirmou.
“Em vez de reclamar e levar a comunicação para o divã, vamos fazer parte dela. A comunicação deve ser compartilhada por todos”, disse o ministro. “A comunicação deve ser a enzima que liga a política à gestão, tornando a política mais integrada e a gestão mais eficiente”, concluiu.