As comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados ouviram na manhã desta terça-feira (23) o ministro da Economia, Paulo Guedes, que se justificou sobre suas movimentações financeiras no exterior através de offshore em paraíso fiscal.
Na audiência, Guedes defendeu que a decisão foi pessoal e baseada na tentativa de proteger patrimônio. Segundo ele, a utilização de offshore possibilita, que em caso de falecimento, que o dinheiro seja direcionado para a sucessão. “Se você tiver conta em nome de pessoa física nos EUA e falecer, 46% é expropriado pelo governo americano […] Isso explica a minha decisão”, expôs.
O ministro alegou ainda que os offshores não tiveram conflitos reais de interesse, nem de forma direta ou indireta, com venda de empresas, conforme o Infomoney. Além disso, Guedes afirmou que o patrimônio em offshores está parado há mais de cinco anos e é gerido por plataformas de custódia independentes. O chefe da pasta da Economia também alega que o ministério não teve nenhuma ligação direta com oscilações do dólar.
“Não existe empresa fazendo operações, são recursos da família que estão lá estacionados. Nenhuma atitude que tome aqui que afete lá. Não tem dinheiro em nada atrelado ao Brasil. São declarados ao Banco Central, declarados à Receita Federal todos os anos”, declarou.