Política

PAC mira em combustíveis de baixo carbono para transição energética

A nova versão do programa estima R$ 26,1 bilhões para o setor, com a maior parte dos investimentos concentrada entre 2023 e 2026

O Novo PAC, lançado pelo Governo Federal na semana passada, aposta no protagonismo dos combustíveis de baixo carbono para a transição energética e a redução dos impactos nas mudanças climáticas globais. A nova versão do programa estima R$ 26,1 bilhões para o setor, com a maior parte dos investimentos concentrada entre 2023 e 2026 (R$20,2 bilhões). Após 2026, serão R$ 5,9 bilhões.

Entre estatal e privado, os recursos para o setor serão destinados para a promoção do biorrefino 100% sustentável; co-processamento de combustível fóssil e renovável; etanol de segunda geração; captura direta de CO2; biometano e estudos para a transição energética.

O Novo PAC também induz investimentos em biocombustíveis para ampliar ainda mais a já diversificada matriz energética brasileira, priorizando projetos que gerem empregos verdes e desenvolvimento tecnológico em bases sustentáveis, impulsionando a nova industrialização e priorizando a bioeconomia.

Dentre os projetos, há propostas que beneficiarão todo o Brasil e obras para desenvolver o setor na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

PAC trará R$ 335 bi em investimentos para o setor de petróleo e gás nos próximos anos

Os investimentos do Novo PAC, lançado pelo Governo Federal neste mês de agosto, trarão R$ 335 bilhões para o setor de petróleo e gás natural nos próximos anos. Do total previsto, R$ 243,8 bi serão investidos até 2026.

Estão contemplados na nova fase do programa 54 empreendimentos, sendo a maior parte deles voltados ao desenvolvimento da produção (19) e gasodutos e oleodutos (18). Também haverá  investimentos em exploração marítima; escoamento da produção; refino; descarbonização; e estudos em fertilizantes, petroquímica, navios e descomissionamento verde de plataformas.

Dentro dos estudos da Petrobras na Margem Equatorial, está prevista a perfuração de três poços. Integra o programa, ainda, o gasoduto do projeto Sergipe Águas Profundas I e II; implantação de biorrefino na refinaria de Mataripe (BA); projeto integrado Rota 3, na Bacia de Santos; conclusão da Refinaria Abreu e Lima e construção de novas unidades na Refinaria de Paulínia. Além disso, para reduzir as emissões de carbono na atmosfera, está prevista uma unidade de Captura e Estocagem de Carbono em reservatório subterrâneo.

Para o Ministério de Minas e Energia, o Novo PAC promove a redução da dependência externa brasileira de combustíveis e derivados fósseis, elevando a produção de petróleo e gás natural de melhor qualidade, com poucos contaminantes e de baixo carbono. Ao mesmo tempo, o programa potencializa a exportação de produtos industrializados com a retomada do apoio a iniciativas de ampliação do refino em solo brasileiro.

O programa prioriza a retomada de investimentos para a garantia da segurança energética com a prospecção de novos campos e dá especial atenção aos investimentos em transição energética.

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