Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, cujo mandato está prestes a encerrar, vem dizendo a aliados que o governo precisa fazer ajustes e encaminhar uma reforma ministerial no próximo ano. Ele acredita que a balança de representação nos Ministérios está desequilibrada e que o governo precisa se entender melhor, segundo apuração do “Estadão”.
Lira está avaliando, segundo interlocutores, que está descompensado até a proporção de cargos entre legendas do Centrão, pois enquanto umas estão com ministros demais, outras estariam subrepresentadas, dizem aliados do político.
A maior ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no diálogo e no tratamento com líderes da Câmara e demais parlamentares, comparada com as gestões anteriores do petista, é um dos fatores de insatisfação entre os parlamentares, segundo o veículo.
Nos governos anteriores, Lula era mais próximo e há uma lembrança de que essa relação tornava o clima mais ameno no Congresso.
Além disso, Lira também tem comentado com aliados que o governo precisa ser mais ágil para dar encaminhamento a iniciativas legislativas. No entanto, para que isso aconteça é preciso parar o ‘fogo amigo’ entre as alas do próprio governo, segundo o jornal.
Em balanço a aliados, Lira espera uma Câmara que se imponha mais e lamenta não ter conseguido votar PL das fake news.
Lira acredita ser um erro adiar votação do Orçamento para fevereiro
Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara, está defendendo com aliados que gostaria de ver o Orçamento aprovado ainda neste ano, uma posição contrária a do senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual), que quer a apreciação da medida seja apenas em fevereiro de 2025.
O relator da LOA afirmou a interlocutores que é preciso um cenário mais claro para fechar os acordos para destinação dos recursos para cada área e programa.
Entre os parlamentares, sobretudo com as lideranças do governo, apesar deles defenderem a votação ainda este ano, o adiamento já é dado como certo.
Lira chegou a procurar o senador Coronel e discutiu sobre ser um erro votar a LOA apenas no ano que vem, segundo apuração do “Valor”. Para o deputado do PP, o governo deveria concentrar esforços para tentar destravar a análise nos próximos dias.
O argumento de Lira junto com pessoas próximas é que a máquina pública pode ficar dois ou três meses sem Orçamento, caso a votação da LOA fique para fevereiro.
Isto porque no retorno do recesso as atenções do Congresso estarão voltadas à eleição das Casas, à reforma ministerial e à distribuição das comissões permanentes da Casa entre os partidos, levando a apreciação do Orçamento apenas para março.