O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, acionou Sergio Moro (União Brasil) na Justiça, na tentativa de cassar seu mandato de senador. A sigla busca realizar uma nova eleição no Paraná. As informações são do jornal “O Globo”.
A ação, que pede a investigação de supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha do ex-juiz, foi pedida ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná pelo PL estadual, há poucos dias.
Segundo integrantes da legenda, a medida foi feita pelo diretório estadual, em coordenação com a cúpula nacional do PL, que é presidida por Valdemar Costa Neto.
Procurada pelo jornal “O Globo”, a defesa de Moro afirmou que não teve acesso aos autos da ação, mas que tem segurança na conduta do senador eleito.
O partido de Bolsonaro se espelha no caso da senadora Selma Arruda. Em 2019, em seu primeiro ano de mandato, a senadora teve seu mandato cassado pelo TRE do Mato Grosso. Na ocasião, a corte eleitoral determinou que uma nova eleição para senador fosse realizada no Estado. O vencedor foi Carlos Fávaro (PSD).
PL lança Rogério Marinho à presidência do Senado
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, oficializou a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) para a presidência do Senado em 2023 nesta quarta-feira (07). O anúncio foi feito pelo próprio Marinho, que esteve ao lado de outros senadores do PL, entre eles Flávio Bolsonaro (RJ).
“Senadores do PL entenderam a necessidade de apresentarmos uma candidatura ao Senado da República, à presidência do Senado da República, à presidência do Congresso Nacional, agora no biênio de 2023/2024, e nos coube a honra de sermos o escolhido”, afirmou Marinho, ex-ministro de Bolsonaro e eleito em outubro ao Senado, para jornalistas em Brasília.
“A necessidade em função das ameaças que estão postas no cenário, de retrocesso, de danificar esse legado, que é um legado da sociedade brasileira, é importante que tenhamos um Senado independente, um Senado que tenha altivez e que tenha a capacidade de fazer as tratativas necessárias para, ao mesmo tempo preservarmos esse legado em benefício da sociedade brasileira, e avançarmos nas mudanças estruturantes que estavam ocorrendo nos últimos seis anos”, completou.
O senador eleito relatou que iniciará nesta semana conversas com outros partidos em busca de apoio e afirmou que um apoio do PP, presidido pelo atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI), à sua candidatura no Senado tem “grande possibilidade de ser consolidado nos próximos dias”.