O ministro da Economia, Paulo Guedes, exaltou as reformas já realizadas no Governo Bolsonaro, mas salientou que não deverá parar por aí, principalmente se o atual presidente for reeleito. Para o chefe da pasta, a reforma mais importante será “sempre a próxima”.
“Quando entramos, tínhamos um modelo claro do que precisávamos fazer. A ideia era fazer uma moderna economia de consumo de massa. A primeira reforma mais urgente era a da previdência. A segunda importante foi controlarmos os gastos públicos. Estávamos trabalhando com a desalavancagem dos bancos públicos. No segundo viria a tributária, mas a Covid mudou tudo”, afirmou Guedes, durante o painel “Cenário Econômico”, no Macro Day 2022, evento organizado pelo BTG Pactual, nesta quinta-feira (18).
“Estamos perseguindo um plano consistente. Abaixamos os impostos, pois estavam na reforma tributária. O estado reclama que caiu o IPI, mas ninguém fala em me devolver o rendimento do IR. Me perguntam qual a reforma mais importante e eu sempre digo ‘a mais importante para mim é sempre a próxima’. Quero agora a redução do IPI e do ICMS. O Supremo travou as duas, então fui conversar com cada um dos ministros”, completou o ministro.
Paulo Guedes volta a dizer que Brasil está “condenado a crescer”
Guedes voltou a afirmar que o Brasil está “condenado a crescer”. De acordo com ele, já são cerca de R$ 900 bilhões de investimentos contratados para os próximos dez anos.
“Já nos deram bônus de entrada de R$ 150 bilhões e assinaram mais investimentos de R$ 900 bilhões para os próximos dez anos. São R$ 90 bilhões por ano. Valor muito maior do que qualquer ministério gastará. O Brasil está condenado a crescer”, disse o ministro da Economia.
Ainda de acordo com Guedes, o fiscal segue equilibrado, assim como o cambio. Segundo ele, mesmo com a recessão global, o Brasil tem sua própria dinâmica de crescimento.
“O fiscal está no lugar. O cambio também está no lugar, mesmo com toda barulheira. O ambiente lá fora é de uma inflação persistente, estão com um enorme desequilíbrio fiscal, o que não é bom para nós. Porém, dito isto, temos uma dinâmica própria de crescimento”, explicou Guedes.
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Por fim, Guedes destaca que o Brasil está bem posicionado para o futuro e o país será a segurança energética e alimentar para o mundo.
“O Brasil está super bem posicionado. É a segurança energética para a Europa e a segurança alimentar pelo mundo. Somos uma economia de mercado em marcha, um estado que temos a ‘mão amiga’ para os mais frágeis. Os investimentos privados bombando, então só dependemos de nós, basta não fazer besteira e isso tem a ver com o voto”, concluiu Paulo Guedes.