Política

Pérsio Arida diz que não quer assumir cargos no governo Lula

O economista Pérsio Arida afirmou que não tem intenção de assumir cargos no governo de Lula

O economista Pérsio Arida afirmou nesta sexta-feira (25) que não tem intenção de assumir cargos no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. 

“Por razões pessoais, pelo meu momento de vida, não tenho intenção alguma de ter cargos em Brasília”, afirmou Arida em entrevista à “Folha de São Paulo”.

Pérsio Arida ainda disse que não chegou a receber convite para ser ministro do Planejamento e formar uma parceria na área econômica com Fernando Haddad (PT) na Fazenda. 

Reforma tributária é prioridade de Lula, diz Haddad

Fernando Haddad (PT) afirmou nesta sexta-feira (25), em evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que a reforma tributária é prioridade do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A determinação clara de Lula é que possamos dar logo no início do próximo governo uma prioridade total à reforma tributária. Ele tentou por duas vezes ao logo dos seus últimos mandatos, com o apoio de todos os governadores. Na segunda vez, em 2007, encaminhou ao Congresso Nacional, uma Proposta de Emenda Constitucional para que promovessem a reforma tributária, e não obtivemos êxito”, afirmou.

Ainda, Haddad, que é nome cotado para o Ministério da Fazenda, disse que Lula, além de priorizar a reforma tributária, também quer reformular impostos sobre renda e patrimônio.

“Na sequência, [Lula] pretende encaminhar uma proposta de reformulação dos impostos sobre renda e patrimônio para completar o ciclo de reforma dos tributos no Brasil, que qualquer advogado tributarista consultado vai dizer que é um verdadeiro caos o que estamos vivendo no Brasil, afugentando investimentos e atrapalhando os investidores que estão sediados no Brasil”, disse.

Sobre o orçamento, Haddad defendeu mais transparência e disse que o novo governo tem a tarefa de reconfigurá-lo. 

“Insisto em um aspecto: sem tirar protagonismo do Congresso. Às vezes, as pessoas imaginam que mais transparência significa menos protagonismos, e não é verdade. O Congresso pode e deve participar da gestão do Orçamento, no que diz respeito aos direcionamento dos recursos para despesas que os parlamentares consideram prioritárias, mas não significa se descomprometer com a transparência e com a eficiência do gasto público”, afirmou.