Política

Persio Arida: “Tenho esperança de que venha um Lula responsável”

Arida avalia que o ‘período Lula’ teve mais coisas boas do que ruins

Em entrevista ao “Radar Econômico”, da revista “Veja”, o economista Persio Arida, presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB),  afirmou que há uma decepção generalizada em relação a Jair Bolsonaro (PL) — a quem considera uma ameaça à democracia — e diz esperar que um eventual governo de Luis Inácio Lula da Silva (PT) seja responsável com as contas públicas. 

“Tem de um lado uma decepção enorme com Bolsonaro. Não minha, porque sempre fui crítico a ele, mas da opinião pública, e com razão de ser”, afirma. “Bolsonaro é uma ameaça à democracia. O Lula dificilmente fará algo fora dos ditames democráticos. Tenho a esperança de que venha um Lula responsável fiscalmente, como já foi”, apontou Arida. 

Segundo ele, existe “uma regra quase universal de que o segundo mandato de um presidente é pior do que o primeiro do ponto de vista econômico”. “Existe uma constatação: o fiasco do Bolsonaro ao realizar reformas necessárias. Tenho uma preocupação com a democracia e uma esperança em um governo Lula que conduza bem os problemas da economia”, projetou Persio. 

Para Arida, o governo do PT teve ótimas e más políticas. Mesmo assim, o economista avalia que o ‘período Lula’ teve “mais coisas boas do que ruins”.

Persio Arida já havia declarado voto em Lula no segundo turno das eleições presidenciais, que acontecem no próximo 30 de outubro. Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Arida disse que a principal razão para seu voto está no seu entendimento de que o presidente Jair Bolsonaro é um risco à estabilidade institucional do Brasil.

“A principal razão é contribuir com a defesa democrática, que é o nosso bem maior. Não é de agora que tenho dito que o Bolsonaro é um risco à estabilidade institucional e ao equilíbrio dos Poderes”, disse.

Outros economistas, além de Persio Arida, também declararam apoio ao candidato petista, entre eles Elena Landau, Edmar Bacha, Pedro Malan, Armínio Fraga e André Lara Resende.

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