Política

Petrobras (PETR4) cumprirá contratos de desinvestimento

A estatal afirma que  tem feito um estudo preliminar sobre processos de desinvestimentos em andamento iniciados no governo passado

A direção da Petrobras (PETR4) diz que não encontrou, até o momento, fundamentos que justifiquem a suspensão de projetos com contratos já assinados.A estatal afirma que  tem feito um estudo preliminar sobre processos de desinvestimentos em andamento iniciados no governo passado. As informações são da Agência Brasil.

O Ministério de Minas e Energia (MME) havia solicitado formalmente à Petrobras a suspensão da venda de ativos por 90 dias, em razão da reavaliação da Política Energética Nacional que se encontra em curso e da instauração de nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). “Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise”, informou a empresa ao Conselho de Administração.

A suspensão deveria respeitar as regras de governança da companhia e compromissos assumidos com entes governamentais, além de não colocar em risco interesses intransponíveis da Petrobras.

Em nota divulgada no dia 1º deste mês, a empresa informou que o Conselho de Administração ia analisar os processos em curso, “sob a ótica do Direito Civil e dentro das regras de governança, bem como eventuais compromissos já assumidos, suas cláusulas punitivas e suas consequências”.

O objetivo é que as instâncias de governança avaliem “potenciais riscos jurídicos e econômicos decorrentes, observadas as regras de sigilos e as demais normas de regência aplicáveis”. A companhia informou, na ocasião, que fatos julgados relevantes continuarão a ser divulgados ao mercado.

 

Dividendos da Petrobras podem estar ameaçados, diz BTG

Os dividendos da Petrobras estão ameaçados, na visão dos analistas do BTG Pactual (BPAC11). Em relatório emitido nesta semana, a casa destacou que o patamar de pagamento de proventos atual não pode ser visto necessariamente como um bom sinal.

“Apesar deste anúncio de distribuição dos dividendos da Petrobras ser positivo, não acreditamos que o mercado deva ser excessivamente otimista, pois o pagamento ainda parece ameaçado e a gestão futura provavelmente reduzirá os pagamentos a um nível bem abaixo do atual”, escreveram os analistas do banco.

“Enquanto o governo controla a Petrobras, é possível que esse valor [2,74 por ação] não seja pago, levando a uma redução do payout total para ‘apenas’ R$ 29 bilhões (US$ 5,7 bilhões), ou 9% de yield”, continuou o BTG.

Em documento, os analistas da casa ainda criticaram o balanço do quarto trimestre da Petrobras. 

“Em relação aos resultados do 4T22, a Petrobras decepcionou com números fracos. O Ebitda recorrente foi de R$ 76 bilhões (US$ 14 bilhões), ficando abaixo do consenso do mercado e 18% abaixo das nossas estimativas, apesar das receitas líquidas estarem bastante em linha com o que esperávamos”, disse o banco de André Esteves.

Nesta sexta-feira (03), por volta das 14:35 (de Brasília), as ações da Petrobras apresentavam valorização. O papel PETR3 avançava 2,04%, cotado a R$ 28,53, enquanto o ativo PETR4 subia 1,79%, cotado a R$ 25,08.

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