Política

Petrobras (PETR4): Lula está insatisfeito com Prates, diz jornal

Segundo "O Globo", Lula não está gostando do quadro geral da Petrobras nos seus três primeiros meses de governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria insatisfeito com o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, segundo informações divulgadas pela jornalista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”. De acordo com pessoas próximas do governo, o petista não está gostando do quadro geral da estatal nos seus três primeiros meses de mandato.

Além de pedir para Prates uma “guinada” na petroleira, Lula está cobrando o presidente da Petrobras sobre uma alteração da política de preços da estatal para os combustíveis e um programa de conteúdo nacional para equipamentos. O presidente também vem criticando a distribuição recorde de dividendos da empresa.

Segundo o “O Globo”, o governo federal também não teria gostado do reajuste salarial aprovado pelo conselho de administração da Petrobras de 43,88% para conselheiros e diretores.

Outro problema que irritou Lula foi a orientação de rejeitar duas indicações para compor o conselho por parte dos comitês da estatal. Uma das indicações foi do próprio petista e outra do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). 

Nesta segunda-feira (3), por volta das 15:25 (de Brasília), as ações da Petrobras avançavam. O papel PETR3 subia 3,85%, cotado a R$ 27,51, enquanto a ação PETR4 valorizava 3,71%, cotada a R$ 24,32.

Petrobras (PETR4) pode alterar política de dividendos

A Petrobras (PETR3;PETR4) admitiu que pode haver mudanças na política de distribuição de dividendos, em documento enviado à SEC, a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) dos EUA, na última quarta-feira (29).

De acordo com o comunicado, as mudanças na composição do seu Conselho de Administração e diretoria podem resultar em “alterações ou no encerramento” da política de dividendos. Além de que, o colegiado pode alterar ou encerrar a política a qualquer momento.

Em 2022, a Petrobras realizou o maior montante de dividendos de sua história, cerca de R$ 215,8 bilhões. A política adotada visa o pagamento de 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e investimentos, se o endividamento bruto for menor que US$ 65 bilhões.