Aliados do governo Lula minimizaram a demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras (PETR3;PETR4). A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que já existia “muita discussão” quanto à permanência de Prates.
“Deu uma acalmada, né. Surpresa não, sempre teve muita discussão ali. Sempre teve muita discussão em torno do nome do Jean Paul, tinham divergências. Acho que o presidente estava descontente com alguma coisa”, disse.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que saídas da presidência da empresa são “rotina” e que, inclusive, aconteceram com frquência durante o governo de Jair Bolsonaro.
A demissão de Prates foi anunciada na noite de terça-feira (15). O ex-líder da Petrobras (PETR3;PETR4) afirmou que sua função foi interrompida de forma prematura.
“Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração”, afirmou.
Prates compartilhou em uma mensagem a amigos, obtida pela Reuters, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou sua renúncia ao cargo, sugerindo que “deveria nomear Magda”.
Ele também mencionou que os ministros de Minas e Energia e da Casa Civil, Rui Costa, estavam favoráveis à sua saída.
A saída de Prates já repercute no pós-mercado nos EUA. O impacto foi negativo nas ações da petroleira no mercado pós-fechamento da bolsa de Nova York, levando em consideração os riscos para a governança mencionados por analistas.
Em um comunicado subsequente relevante, a Petrobras informou que o Ministério de Minas e Energia expressou a intenção de nomear Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como sucessora de Prates.