O ex-presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, compartilhou em uma plataforma online de publicações um balanço de sua gestão. O objetivo do texto foi agradecer pelo período em que esteve à frente da estatal e rebater as críticas sobre sua suposta lentidão para impulsionar a indústria naval.
Além disso, Prates também comentou as críticas sobre sua demora em impulsionar o setor de fertilizantes.
O executivo afirmou que continua apoiando o governo Lula e que enviou “votos de sucesso” para sua substituta, Magda Chambriard.
“Fizemos o que era correto e responsável: começar pelo mapeamento e tratamento do que já existe, antes de prometer o impossível”, declarou ele, de acordo com o “InfoMoney”.
Prates ocupou a presidência durante 15 meses.
Prates disse que entregou levantamento detalhado da demanda naval ao governo
Em relação ao segmento naval, Prates comunicou que encaminhou ao governo federal o levantamento detalhado de toda a demanda naval/offshore da estatal, além de sugestões de medidas regulatórias, fiscais e legais para impulsionar o setor.
Em relação ao setor privado, a Petrobras entregou um mapeamento dos estaleiros brasileiros para as entidades representativas, IBO e Sinaval.
“Quanto aos fertilizantes, também cuidamos prioritariamente de viabilizar a preservação e (re)operação dos ativos já em portfólio: as plantas arrendadas (BA e SE), a Ansa (PR) e a UFN-3 (MS) estão hoje com seus retornos integralmente solucionados”, dizia o texto publicado.
“São dois setores que demandarão agora, ao invés de intriga e desinformação, esforços governamentais sérios para que arranquem da posição destravada em que deixamos quando se abreviou nossa missão”, acrescentou.
Além disso, ele pontuou que deixou um plano quinquenal viável de investimentos de R$ 500 bilhões, bem como encaminhou a transição/descarbonização energética.
“Conseguimos implementar uma nova política de preços (‘abrasileirados’) sem comprometer a lucratividade desejável da nossa estatal e, sobretudo, abraçamos as pessoas, com novos programas de saúde mental, políticas de acolhimento e de inclusão”, declarou Prates.