O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, afirmou nesta sexta-feira (20) em live do site Jota, que a proposta orçamentária para 2022 deve acomodar a previsão de pagamento de precatórios de R$ 89 bilhões.
“Não chega a shutdown porque a despesa discricionária [não obrigatória] ainda está acima do que a gente estava nesse ano. Mas é bem restrito, bem magro”, disse o secretário, ao ser perguntado sobre a proposta que será enviada pelo governo até o dia 31 de agosto.
Segundo Funchal, a expectativa é de que o precatório ocupe 70% das despesas discricionárias, ou seja, as despesas não obrigatórias.
“O precatório em 2010 representava 10% da despesa discricionária [gastos públicos não obrigatórios], hoje ele é praticamente do tamanho de toda a despesa discricionária. A gente está projetando uma discricionária de R$ 120 bilhões para o ano que vem e o precatório é R$ 90 bilhões, então vai ser 70%. Só o aumento da despesa com precatório representa despesa discricionária de 16 ministérios”, afirmou Bruno Funchal.