Política

PRF: coligação de Lula pede prisão imediata de diretor-geral

De acordo com a ação da coligação de Lula, as operações estariam impactando a realização do pleito

A coligação “Brasil da Esperança”, integrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a prisão imediata do diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, por supostamente coordenar operações para dificultar o acesso de eleitores aos seus locais de votação neste domingo (30), durante o segundo turno das eleições. 

De acordo com a ação da coligação de Lula, formada também por PT, PC do B e Partido Verde, as operações estariam impactando a realização do pleito. “O próprio diretor-geral da PRF, de forma ostensiva, está apoiando a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, e nessa condição está usando o poder do Estado para interferir no processo eleitoral”, diz o documento.

O diretor, em suas redes sociais, publicou uma imagem pedindo voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele postou uma foto da bandeira do Brasil com as frases “vote 22. Bolsonaro presidente”.

Mais cedo, a coligação Brasil da Esperança e os partidos PSOL, Rede, PSB, Solidariedade, Avante, Partido Agir e Pros solicitaram à corte eleitoral que o diretor-geral da PRF fosse intimado para prestar esclarecimentos.

Além disso, também solicitaram que fosse interrompida toda e qualquer operação do tipo, sob pena de crime de desobediência e multa de R$ 500 mil por hora de descumprimento.

TSE: Moraes proíbe PRF de fazer operações de transporte público

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, decidiu proibir que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) realize, até o fim do segundo turno das eleições, qualquer tipo de operação relacionada ao transporte público, gratuito ou não, de eleitores. A decisão ocorreu na noite deste sábado (29). 

Moraes também proibiu que, durante o mesmo período, a Polícia Federal divulgue o resultado de operações relacionadas às eleições. A decisão do TSE ocorreu após ação movida pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT). 

O parlamentar afirmava, com base em reportagens publicadas pela imprensa, que poderia haver uma instrumentalização da PRF e da PF para interferir no processo eleitoral de forma a beneficiar o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na decisão, Moraes disse que os “fatos graves” justificavam a atuação rápida e a adoção de medidas adequadas para preservar a liberdade do direito do voto, após destacar o acesso ao transporte gratuito no dia do pleito.