Ação popular

PT vai à Justiça e acusa Campos Neto por “conflito de interesse”

O PT ingresosu com uma açõa popular contra o presidente do BC na Justiça Federal

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em ação popular, o PT (Partido dos Trabalhadores) quer que Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central) seja proibido de dar entrevistas e fazer manifestações políticas, segundo apuração do “CNN Brasil”.

O partido, do qual faz parte o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ingressou com a ação na Justiça Federal e acusa Campos Neto de fazer uso político do cargo. 

A base para tal foram as declarações públicas feitas pelo comandante do BC recentemente, que, de acordo com o documento, expõem “pretensões políticas que sugerem possível interferência na independência e imparcialidade da condução daquela instituição”.

“A conduta (de Campos Neto) tem evidente teor de direcionamento político-ideológico, o que pode impactar sobre a adequada condução da política monetária e financeira nacional, caracterizando, portanto, ato atentatório à moralidade administrativa e possível conflito de interesses”, consta na ação do PT contra Campos Neto.

Entre os exemplos mencionados pelo PT na ação, estão algumas reportagens, como por exemplo, um texto sobre o registro da hospedagem concedida por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, a Campos Neto, durante evento na Assembleia Legislativa. 

Além disso, na situação, o presidente do BC foi homenageado por deputados estaduais e, em seguida, foi a um jantar no Palácio dos Bandeirantes.

Outra reportagem mencionada foi uma produção da “Folha de S. Paulo”, onde indica que “Campos Neto sinalizou a Tarcísio que aceitaria ser seu ministro da Fazenda se o governador decidir se tornar presidenciável”.

O PT alegou uma violação do interesse público e da moralidade administrativa, com uma “potencial conflito de interesses”.

Outro pedido do Partido de Lula foi que Campos Neto se abstenha de tecer “novos pronunciamentos de natureza político-partidárias, ou ainda que deixe de pronunciar qualquer apoio a candidatura ou pretensão de ocupação de cargo político, enquanto perdurar o exercício do cargo”, de acordo com o “CNN Brasil”.

“Ao anunciar seu apoio a pretenso pré-candidato à presidência da República, mais de 2 (dois) anos antes do pleito eleitoral, além de ostentar sua intenção de ocupar cargo político de ministro de Estado, fica claro que a conduta do requerido se pauta pelo interesse privado, em notória violação aos princípios da moralidade e da impessoalidade”, diz o documento.

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