A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) mostra que a maioria dos brasileiros considera que o governo Lula (PT) está certo em defender a soberania do Brasil frente ao tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O governo americano impôs sobretaxas de 50% aos produtos brasileiros. Entre os motivos para este tarifaço, Trump citou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal).
O maior apoio ao posicionamento do governo Lula é de pessoas que são de esquerda, mas não lulistas (91%), lulistas (88%) e quem não tem posicionamento político (71%).
Já, os que consideram errada a postura do Brasil, estão os bolsonaristas (54%), quem é de direita, mas não bolsonarista (50%). Dos que não possui posicionamento político, 18% responderam “errado”.
A maioria dos brasileiros (73%) avalia que Trump está errado ao impor as tarifas. Já 20% defendem a decisão do presidente republicano. Número similar (74%) respondeu que as tarifas vão prejudicar a vida, enquanto 23% disseram que “não”.
A percepção de que Lula e o PT estão agindo em relação às tensões com os EUA segue crescendo, porém de forma vaga. Em julho, 44% dos eleitores compartilhavam essa avaliação. Agora, em agosto, margem subiu para 48%, e atualmente, chega a 49%. A análise por posicionamento político mostra que o avanço foi puxado principalmente pelos que não possuem posicionamento político, cuja aprovação da postura do governo saiu de 37% em julho, para 45% em agosto, e agora está em 49%.
Noutro giro, acerca do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses, o fato enfrenta rejeição crescente. No momento, 73% dos brasileiros desaprovam a medida (alta de 2 pontos), enquanto apenas 20% a apoiam.
A rejeição é mais intensa entre eleitores lulistas e da esquerda não lulista (ambos com 91%), mas também cresce entre os que não possui posicionamento político, que representam 31% da amostra.
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos e tem 95% de nível de confiança.