Minas e Energia

Silveira fecha acordo que beneficia empresa dos irmãos batista em bilhões

A companhia foi contratada em 2021 para construir quatro usinas termelétricas e gerar energia

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), assinou um acordo que beneficia em bilhões de reais a Âmbar Energia, companhia do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A companhia foi contratada em 2021 para construir quatro usinas termelétricas e gerar energia, num período em que o Brasil estava sob risco de uma possível crise hídrica. Contudo, o serviço nunca foi realizado — o que, teoricamente, deveria gerar a rescisão dos contratos e multas na ordem de R$ 6 bilhões. O acordo foi assinado por Silveira.

Na onda de negociações promovida pelo governo Lula, com apoio do TCU (Tribunal de Contas da União), a Âmbar conseguiu manter os contratos, que gerarão para ela o montante de R$ 9,4 bilhões. Segundo a “Folhapress”, a multa pelo descumprimento será somente de R$ 1,1 bilhão.

A Piauí teve acesso ao despacho de Silveira, datado de 18 de abril deste ano e mantido sob sigilo.

Brasil pode receber investimentos de US$ 15 bi, diz Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), declarou nesta quarta-feira (12) que o PIF — Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita — analisa realizar um investimento de US$ 15 bilhões no Brasil. As afirmações foram feitas após o ministro participar de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e representantes do fundo árabe no FII Priority Summit.

“Eles falam em investir US$ 15 bilhões no Brasil e estão acreditando muito na liderança e no diálogo do presidente Lula”, disse Silveira, de acordo com o “Valor”.

Segundo Silveira, há sinergia entre as ambições do fundo e os projetos que o governo nacional acredita serem fundamentais para o Brasil. O ministro destacou o interesse dos árabes em investir em infraestrutura e na cadeia de energia renovável.

Além disso, ele pontuou que as linhas de financiamento que estão sendo construídas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) qualificam a governança de investimentos no Brasil e vão possibilitar que o fundo atue em várias atividades, principalmente na transição energética.