Política

Simone Tebet deve aceitar Planejamento sem bancos públicos

Tebet havia sinalizado que assumiria a pasta se esta fosse “turbinada”, com bancos públicos como Banco do Brasil (BBAS3)

As conversas entre Simone Tebet (MDB-MS) e o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avançaram, e a senadora deve aceitar a pasta do Planejamento. Ela havia sinalizado que assumiria o Ministério apenas se este fosse “turbinado”, com bancos públicos como Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal, o que não deve ser o caso.

No entanto, segundo fontes do MDB, a senadora nunca exigiu o Planejamento turbinado pelos bancos públicos, como informou a coluna de Míriam Leitão, do “O Globo”.

Ainda assim, o Plano de Parceira Público Privada (PPI) deve migrar para a pasta da senadora, o que aliados de Tebet também haviam pedido. Antes, ficaria sob o comando da Casa Civil. 

No entanto, a migração não deve acontecer de forma “pacífica”, isso porque Rui Costa, que assumirá a pasta, não quer abrir mão da administração do programa. Além disso, Miriam Belchior foi indicada para a secretaria-executiva da Casa Civil justamente para atuar no PPI.

Foi Alexandre Padilha (PT), futuro ministro das Relações Institucionais, que informou ao MDB que o PPI deve ser subordinado ao Planejamento. Também sob a alçada de Tebet, devem ficar o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Caso conseguisse manter sob seu controle os bancos públicos, Tebet planejava poder implantar vitrines de gestão, e não apenas gerenciar recursos para o restante do governo. 

Planejamento não era pasta preferida de Tebet

O Planejamento não era a pasta preferida de Tebet, que já havia sinalizado que gostaria de assumir a Educação, que ficou com Camilo Santana (PT-CE), e Desenvolvimento Social, que foi para Wellington Dias (PT-PI).

Depois, Lula teria oferecido o Meio Ambiente, que Tebet recusou em favor da deputada eleita Marina Silva (Rede Sustentabilidade), que também deve aceitar a pasta e já começa a organizar a estrutura do Ministério.

Simone Tebet apoiou Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Para tanto, esperava um Ministério. O Planejamento parece ser, no momento, uma das únicas pastas que sobraram para a senadora do MDB.