Política

Starbucks: controladora envia novos documentos para RJ

Tribunal de Justiça pediu mais informações para avaliar pedido de recuperação judicial

A SouthRock, que opera as marcas Starbucks, Eataly, TGI Friday’s e outros negócios no Brasil, enviou à Justiça de São Paulo, nesta sexta-feira, 3, a documentação necessária para avaliar seu pedido de recuperação judicial. A documentação incluiu informações contábeis, como o balanço patrimonial das 21 empresas pertencentes à SouthRock, bem como a demonstração dos resultados acumulados, relatórios de fluxo de caixa e uma análise abrangente da situação econômica e comercial.

Os documentos somaram mais de 2.000 páginas, que servirão como base para a perícia judicial. No entanto, o prazo para a conclusão da análise é incerto devido à urgência do processo.

A Starbucks, operada pela SouthRock no Brasil, faz parte desse grupo empresarial. A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial recentemente, alegando uma dívida de R$ 1,8 bilhão. A SouthRock citou a conjuntura econômica desafiadora no Brasil, agravada pela pandemia, inflação e taxas de juros persistentemente altas, como as principais razões por trás do pedido de recuperação.

Apesar dos desafios, a SouthRock reafirmou seu compromisso com suas marcas e sua equipe e está empenhada em reestruturar seus negócios para proteger suas operações e colaboradores, enquanto mantém a qualidade das marcas que representa no mercado brasileiro. A empresa está determinada a superar as dificuldades e manter sua missão e valores intactos.

Relembre

A Justiça de São Paulo negou, nesta quarta-feira (1º), o pedido de recuperação judicial da SouthRock, gestora das marcas Starbucks, Subway, Eataly e Brazil Airport Restaurants, que alega ter dívidas no valor de R$ 1,8 bilhão.

O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências de São Paulo, rechaçou todas as demandas feitas pela companhia, entre as quais o pedido de manutenção do contrato de franquia com a Starbucks. A decisão é preliminar e ainda pode ser revista.

Em sua decisão, o juiz alegou que o contrato de licença da marca Starbucks no Brasil não foi anexado ao pedido apresentado pela SouthRock.

O juiz, então, determinou a nomeação de um administrador judicial para que seja realizada uma perícia prévia em toda a documentação apresentada. Depois da perícia, o magistrado deve voltar a analisar o pedido da SouthRock.

A operadora também pediu a liberação de garantias de dívidas junto a bancos credores, o que também foi negado pelo juiz.